O rio

O rio

domingo, novembro 25, 2007

A segunda mensagem eheheheh

O meu querido amigo DragãoAzul resolveu pôr-me a escrever sobre mim, que é coisa que nunca faço, certo? e para ajudar à festa, sobre livros. Devo confessar que acabei um há uns dois ou três dias e o devolvi à dona. Não vou dizer o título porque quero oferecer um igualzinho a duas pessoas doces e que adorarão lê-lo. Acho que são três. Bem, dizia eu que me desafiou. Não para jogar futebol, porque aí, teria que ficar ou no banco ou a guarda-redes. E juro que entrava tudo o que é golo, porque me poria aos gritos e era a desgraça total.
o desafio consiste, e agora vou copiar do blog dele:
(...) desafiaram-me para o "Desafio da página 161" que consiste em abrir um livro na página 161 que tivermos à mão e passarmos para o blog a 5ª frase inteira que tiver nessa página. (...)"

Assim sendo e porque há dois há mão, um quase lido e outro iniciado, cá vão dois:

"A «Eva africana», de que muito se tem falado, não fica propriamente abandonada, uma vez que se continua a ter como verdadeira a grande migração africana de populações modernas que se espalharam pelo planeta; mas ela deixa de ser a nossa «mãe única», a nossa «mãe absoluta», porque terá havido, em várias zonas da Terra, longínquos e quiçá vastos cruzamentos de arcaico e moderno - no caso europeu, de Sapiens neanderthalensis com Sapiens sapiens - , mesmo se o tempo e numerosíssimos cruzamentos posteriores acabaram por esbater ou apagar os traços dessa ancestralidade arcaica." AGUIAR, João, LAPEDO - Uma Criança No Vale, Edições Asa, 1ª edição, Outubro 2006

Agora devo encaminhar o desafio, por isso, cá vão cinco vítimas:

http://amizadeverdadeira-amizade.blogspot.com/

http://sitiodosolnascente.blogspot.com/
http://iaoeoai.blogspot.com/
http://terrasdelisboa.blogspot.com/
http://sulista.blogspot.com/


E pronto. Por hoje é tudo.


amanhã vou andar de barco. Se fosse possível, bem podia ir para às Seychelles desta vez e não voltar cá tão cedo, excepto para ver quem merece.

beijocas larocas e boa semana de trabalho

Indubitavelmente uma nuvem negra é negra... mas apenas nuvem...

A primeira mensagem vai direitinha a corações doces:

Meu pai está melhor. Está lindo, genialmente mais forte, ri e uma vez mais eu tive a benção de poder estar com ele em momentos belos. Obrigada Bom Deus!
Vim cansada mas reforçaeda na minha luta e caminhada. Obrigada pai por seres assim.

Entretanto recebi notícias da afilhada mais querida do Mundo e para ela vai um beijo do tamanho do Mundo. Sia vai em frente, rege a tua vida com o teu coração. Toma os caminhos que entenderes serem os que te dizem algo e te fazem sentir feliz, perante ti, sobretudo e perante os outros. Não há ( e aqui lamento dizer-to) profissão em que não seja necessário fazer-se nada e ter-se lucros, fazendo-o com o coração. Apenas quem se vende fácil o consegue. E tu não és assim, doçura. Por isso me orgulho do teu espírito lutador e constantemente crítico. Estarei sempre aqui e do teu lado, qualquer que seja a tua escolha.

Uma beijoca laroca e muita força. Falta pouquinho e verás, com distanciamento, depois de tudo passado, que se tratou de uma acentura que te fez crescer e ver realidades que desconhecias.
Amamos-te muito e temos orgulho em ti.


Para a minha mana um beijo enorme e desejo de melhoras rápidas. Fadas doces e anjos estejam contigo e te dêem força.

Aos meus amigos e amigas que sempre estão por perto, nem que seja ao alcance de um fio de fusível ou cabo intergaláctico ( eheheheheh esta tá decente) um beijo enorme e obrigada pela força que me têm dado. A nuvem negra dissipar-se-á, sim, demore o tempo que demorar e partirá.

A nina, apanhou-me desatenta, numa de ver noticiário ( coisa estranha né? ) e resolveu cortar os cabelos. Nem comento. Mas aAudrey Hepburn iria sentir-se orgulhosa! Eu... farto-me de rir...

quinta-feira, novembro 22, 2007

Transparente

É... tenho andado pouco produtiva em termos de desabafos por aqui. Na verdade, abracei tanto trabalhito e projecto, enfrento males que nem meus são, e desgasto-me como o caneco. Ganho dores de estômago e uma griffe minha. Esta ninguém ma tira. Os colegas já se habituaram esó mesmo os que este ano me conheceram pela "prima volta" comentam agora, que estou no auge:
- Estás com o cabelo em pé!
ou
- Estás despenteada! ( como se alguma vez tivesse estado penteada sem ter que recorrer à brilhantina ou gel que é mais móderno)

Os cabelosem são muitos em número, porque o sistema nervoso nem deixa que ele se fortaleça, tadito. Ma volto das férias e entro na " fábrica" tungas, vá de perder pêlo. Mas o que perco em número ganho em electricidade estática ou o caraças. E en~tão é vê-lo no ar, logo pla manhã.

É griffe. Mainada! Pelo meu cabelo sabe-se como estou. As emoções à flor da pele, irritada com tudo o que é imbecilóide ( e por azar é mesmo nesta altura que pingam e saltam imbecilidades à minha volta como coelhos ou cogumelos, ou o caneco).

Mas é cómico dizer aos colegas após o reparo imprescindível:

É impossível controlá-lo, querida. Ele transmite o meu estado de ânimo!
Uns fogem, outros riem e pronto, o dia começa e corre que nem flecha certeira para derrubar o tempo como se de uma maçã se tornasse em cima de cabeças alheias ( esta é poética à Robin dos Bosques, mas feita à pressa).

Se, pelo contrário, a malta repara que o cabelo até vai penteado, domado e esticado ( o normal é caracol mesmo), lá vem o comentário da praxe e inovador:
- Uau! Estás penteada!
Como não tou caladita, lá me salta um:
- É! Tomei banho hoje!
Devia ser mais sensata e calar-me mais, né? Ganhava mais, comprava menos brigas ( isto falando de coisas mais sérias, tipo, fazer reparos sobre posturas próprias de trogloditas, mejeras, atrasados mentais que se tomam por suprasumos da sabedoria milenar do escaganifobético - a resmas de tempo que não usava esta). Aí é ver a malta a olhar de lado. Há quem espume e quem, de forma mais requintada me estenda tapete para depois puxar.Eu deixo. Não gosto de jogos e nunca fui boa em xadrez. Não acredito que a maldade ganhe. Apenas saboreia pequenas vitórias. O BEM MAIOR nunca perderá e abençoa-nos quando lutamos por um mundo melhor para todos.


Uma óptima sexta para todos e muita beijoca Laroca, especiais para a LILI e para a LAUMALAI que fizeram anos há poucochinho!

sábado, novembro 17, 2007

E não mete nojo?

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai passar a comparticipar na íntegra, a partir de 2008, as bombas infusoras de insulina e a insulina lantus. A informação é divulgada no âmbito do Dia Mundial da Diabetes, que se comemora esta quarta-feira, 14 de Novembro.
in, Newsletter do Portal do Cidadao

Isto é tão insano que, face a uma medida destinada a meia dúzia de pessoas, ( eu sei que são muitas mais infelizmente, e sem questionar de forma alguma o facto de ser prioritário pelo contrário) se use e faça propaganda. A saúde não é um direito consignado na Constituição? Não faz parte dos direitos do Homem? Então não deveria tudo o que é prioritário ser gratuito?

Se se fizer o levantamento de custos dos medicamentos em doenças destas, crónicas, apetece fugir... de seguida.

Mas OTA e Alcochete, TGV e outros mega elefantes fazem mais sentido. Assim como as ajudas de custos de quem tem motorista e gasóleo pago a tempo inteiro. Por que carga de água tenho eu ( leia-se nós porque eu não esqueço a malta que está na mesma situação) que pagar tudo e mais alguma coisa se trabalho mais horas que a maioria dos meus governantes e produzo o triplo? Sem exageros porque não tenho secretárias nem motoristas, poupo dois postos de trabalho. Não tenho empregada de limpeza nem cozinheira ( e aí vão mais dois). Não tenho porta-voz nem guarda-costas. ( já cá contam seis?)


Foi publicada em Diário da República a portaria que estabelece em 25% a quota mínima de difusão de música portuguesa nos programas de rádio. Os operadores de rádio nacionais ficam obrigados, por lei, a respeitar a percentagem instituída durante o período de um ano.
in,
Newsletter do Portal do Cidadao

Ando tão distraída que até pensei que isto era para ser implementado nas Américas do senhor Bush.

No final deste ano terão sido entregues 70 mil computadores ao abrigo do programa e-escola, número que até 2009 deverá aumentar para 200 mil, segundo declarações do Primeiro-Ministro, José Sócrates.
in,
Newsletter do Portal do Cidadao

Daqui a pouco dirão que nem é preciso profs. Faz-se tudo na base do PC deslumbrante.
É pena é nas escolas agora apetrechadas com PC e quadros electrónicos não haver projectores a funcionar ( para se usar com os quadros interactivos, caso contrário apenas decoram as salas, é do melhor!); não haver condições de higiene nas casas.de.banho; o chão andar cheio de pó e de cotão; não haver caixa de primeiros-socorros; não haver sala de alunos; não haver aquecimento nas salas de aula; não haver funcionários em número suficiente; não haver acções de formação decentes na área necessária e perto da escola ou de casa, sem que seja necessário acabar um dia às 22 horas, com filhos pendurados em nós a gramar acções e aulas; reuniões e outras cenas... e ainda levarmos por tabela porque quem geria departamentos até ao ano lectivo passado de forma coerente, atenta e activa, apenas porque era mais novo, foi destituido e se intitularam verdadeiros obstáculos ao progresso e à iniciativa. De facto, se cada asneirada da senhora dona Milu fosse um tiro nos pés, o governo já estaria no chão há resmas de bué de tempo. ( já não subo deescalão com este tugalês, right?)


O Cartão de Eleitor vai deixar de existir, passando os cidadãos a votar na área onde residam utilizando apenas o documento de identificação principal: o Bilhete de Identidade (BI) ou o Cartão de Cidadão.
in, Newsletter do Portal do Cidadao


Ainda me espanto por não se terem lembrado da im+ressão digital e da cruz. Não vale apenas o reconhecimento pelos nossos pares na aldeia em que deitamos o Boto? Parece que passa a valer tudo, até o cartão de desconto dos hipermercados poderia ser válido. É preciso é que votem, mesmo que não se aproveite nadica de nada....

O primeiro-ministro, José Sócrates, e a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, entregam esta terça-feira o I Prémio Nacional do Professor, que distingue "aqueles que contribuem de forma excepcional para a qualidade do sistema de ensino".
in
Newsletter do Portal do Cidadao

Nem comento. Corro o risco de que me salte o nortenho que há em mim... E daí, talvez não. Sugiro aos ministros que sigam premiando quem faz sobressai com aparato e muito titular que por aqui anda, qual pavão intocável. Depois compre-lhe um bilhete só de ida para a Micronésia. O people agradece. Para encher o avião, também pode seguir todo o staff governamental. Prometemos não chorar, apenas acenaremos com o belo lenço branco...

Tiros nos pés... peço contas a quem?

O meu pai esteve internado. Quadro clínico para lá de mau. Com doenças de braço dado umas nas outras e uma hemorragia que precisou de transfusões. Obrigou a malta a esconder o assunto de moi même durante uma semana, para me poupar. É mesmo dele. Herdei isso também. Quando as coisas estavam a acalmar, veio um veredicto fdp: cancro. O estranho disto tudo: depois de ressonância é detectada uma "massa". Na segunda, pelo próprio pé, depois de o mandarem há um mês embora, foi ao IPO e o médico admirou-se por estar a químicos (quimioterapia) já, sem saber se o que tinha era maligno ou não. Porque afinal, ainda não tinham feito uma biópsia.

Se em vez de receitarem pílulas fizessem exames de rastreio, talvez acertassem mais e melhor. Um dia, em conversa com uma nina minha que vai ser médica fiz a mesma conversa e a resposta é que, economicamente seria incomportável. Pergunto-me o que anda a fazer a humanidade se nem de si trata direito. Somos mesmo desjustados ou Saturno é melhor que isto?

O mais importante: o meu pai está bem melhor, graças a DEUS!

Desajustada, frustrada... furibunda

Há anos que oiço a expressão: quanto mais conheço os cães... . Para dizer com franqueza, aplico-a diariamente. O estranho é que, apesar do cão me andar aqui a mictar os cantos, por ter a mania de macho, e do gato se armar em esquilo tresloucado, da cadela ser ciumenta e dar dentada em que aproxima para a partilha de carinho, e da gata, doentita, se aproximar para ter colo e sossego, continuo a achar que a máxima vale e prevalece.
A palmadinha no ombro em época de pré-campanha deixa-me com azia. As medidas de ingerência e ausência de pudor deixam-me a cabeça à nora e fico a pensar alto, deixando sair a célebre frase: - Queroir para Saturno. Sim, porque as Seychelles ficam demasiado perto da humanidade desumana, da contraditória organização desorganizada de um país cheiiiiinho de ataques de nervos. Já nem à beira disso estamos, estamos em pleno.
Falava há pouco com uma mãe. A escola fechou pk o funcionário faltou. Por aqui começou o rosário de observações, todas elas legítimas. Mas chegamos ambas à conclusão. Só quem está dentro do convento sabe mesmo o que lá vai. As medidas economicistas são tão assertivas que se cortou o orçamento e diminui no número de pessoal a nível nacional. Vejamos, é dito, para explicar o inexplicável, que não podemos pensar no pior. Coloca-se esta situação possível: Uma auxiliar numa escola de 1º ciclo é condição sine qua non ( acho que escrevi bem o latim) para que funcione. Isto porque, para quem não sabe, na óptica de quem gere, é suficiente para os meninos que adoram correr, subir às árvores e por aí fora. Se o não fizerem nesta altura, quando o farão? E se, vamos supor ( como diria o outro, isto é um suposto) um menino se magoa.Vai a auxiliar para o hospital e ficam 49 ao Deus dará. Assertivo. Eu é que estou desajustada. Eu e as mães e pais do país, mas isso não interessa. Primeiro porque só alguns se interrogam, segundo porque nem se sabe a quem pedir satisfações ( aqui entra o jogo do empurra e pagará o pato o elo mais fraco, claro) e terceiro, a bela da resposta: Mas por que havemos de pensar no pior?

Há uns dias atrás um colega explicou que, com horário incompleto, ainda pagava as fotocópias do bolso dele. Sempre gostava de saber que plafond de fotocópias tem o Governo deste país. A quem devo perguntar? Ao elo mais fraco? Fico frustrada...

IC e IP e mais o quê? O governo quer pôr portagens nas estradas ... nem percebi porque é que não põem nos atalhos aqui da serra. tb dava boa maquia aos fds.

Falemos de impostos:
o agricultor semeia e paga impostos ao vender e ao comprar. O intermediário paga imposto e cobra mais. O cliente ( nós, pagámos por nós e pelos outros dois... na boa.... depois de comprar a comida a peso de ouro, compramos o combustível para ir trabalhar ( porque de outra forma só de bicla e noInverno não estou bem a ver e atropelava as centenas de camiões e automóveis que por aqui circulam no deserto do outro senhor... e pago imposto sobre o gás, a luz e a água, e sobre o medicamento e o raio que me parta. O total dos meus impostos , deram, vejo eu no fim, para a renovação de frotas de automóveis, para campanhas no estrangeiro para que tugalês seja 2ª língua, para mais um aeroporto e um TGV, mesmo se tivermos poucos passageiros para coisa mais megalómana. Ainda estou esperançada que se ponham a construir uma nave espacial e se enfiem dentro na viagem inaugural... sempre era um bem para a humanidade.

Empregos e formações. Os últimos trocados vindos da Europa para formação têm destinos espectaculares. Há quem dê formação deformada, enchendo chouriços e resvalando, há quem proponha cursos de formação e depois diga: - Ah, o senhor não pode porque é demasiado qualificado para isto.

Fiquei furibunda...a cjo eu... que a esta hora já nem sei bem se sim se não ou apenas sse talvez. ( Na volta nem o texto faz sentido. Se assim for, reflecte o estado do country).

sexta-feira, novembro 09, 2007

Avalanche

Parada em frente ao monitor, numa sexta à noitinha, quando meio mundo repousa e outro meio vai para a night eu pergunto-me por que carga de água não estico os ossos e não descanso. Tenho a cama como certa... deve ser por isso. Sei que amanhã, se tudo correr bem, me levantarei mais tarde. Se o cão não se lembrar de começar às lambidelas, e os gatos não atirarem nada ao chão, com os primeiros raios de sol, naquelas maluqueiras de correria pela casa.
Os dias correm demasiado depressa e a avalanche de emoções fortes. Tento gerir tempo e trabalho, organizar a vida e a casa, mas falho o tempo todo com o cansaço a tinir e a toldar-me a tola.
Apesar de tudo, a cada dia que passa sinto mais força para continuar. É levantar a correr, comer a correr e trabalhar a correr. O que me vale é ter a filha mais doce da face da Terra, que entende a ginástica da vida e, apesar de tudo, pouco resmunga. Não herdou isso de mim, que resmungo a todo instante. Quase a perder o pio com a rouquidão, consigo enfrentar quem me provoca, de forma bem mais coerente e sem medo. Se ferem gratuitamente, levam por tabela. E engolir a tristeza, que pesa como chumbo no coração, vai sendo menos frequente.
Um dia destes encontrei cigarros inteiros no lixo. Estranho! Pensei. Não me lembro de ter feito isto. Questionada, a nina, em situação de desabafo e de sufoco lá disse que tinha sido ela, e cheiinha de razão: Eu não quero que fiques doente. O baque surdo estoirou. Tenho que pensar na responsabilidade de a criar. Ela é bem mais orientada que eu. Para não falar que, muitas vezes, toma conta de mim e me avisa do que está em falta: Hello! Mãe! A senha está comprada. Deus a abençoe. As fadinhas lá me vão dando alento, ora com uma palavra, ora com um abraço. E o reforço positivo consegue milagres. Bati de frente com colegas, resmunguei com funcionários, entorpece-me e arrelia-me ver o marasmo e a fata de sensibilidade à minha volta. Grande parte dos crescidos esquece que as crianças merecem respeito e atenção. A escola parece uma fábrica.
De novo aquela frase me assalta : Não poderás nunca mudar o Mundo.
Eu sei bem disso. Mas por não poder mudá-lo tenho que lhe fazer mal também? Teremos nós que ser iguais aos demais? Bolas! Se assim é, não sou daqui.
Ontem, depois do cansaço se instalar definitivamente, cheguei ao quarto. No chão, dois fios de lã esticados, atravessavam o caminho. Estranho! Pensei. Não me lembro de ter deixado isto aqui. Debaixo da cama, contente da vida, o Miró tentava embaraçar um novelo inteiro. Não gritei. Sorri. Sentei-me no chão, e calmamente, enrolei a lã, desembaracei e observei o gato aos pinotes. A hora de deitar chegou e todos se aconchegaram, escolhendo o lugar na cama. A paz e o carinho tomou conta do meu coração e senti a benção de estar junto de quem amo para sempre. Ao longo destas últimas semanas, as revelações assolam-me. Vejo com melhor nitidez os gestos de amor e de malvadez. Afasto-me da maldade e privilegio a doçura. E nesta amálgama de sensações, tenho a impressão de que ainda me falta aprender muita coisa, ou talvez pô-la em prática. Tenho que ser capaz de conter a ira provocada pelo comodismo, a inércia e a aceitação tácita de que se está mal e devemos continuar mal, porque é o nosso fado.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Bon Jovi - (You Want To) Make a Memory (Official Video)





Bon Jovi Lyrics
(You Want To) Make a Memory Lyrics

Mundo estranho

Hoje saí ca nina para arejar ideias e tentar que o sol nos aconchegasse um cadito a alma.
Chegadas à capital, perdemos um tempão desgraçado para estacionar porque , enfim, estava assim supostamente destinado, mesmo tendo eu pensado que a malta tinha zarpado para as santas terrinhas ou a caminho do solarengo All garve. Engano meu, má fortuna, desgraçadamente. apeámo-nos ao fim de uns bons 15 minutos de círculos, hipérboles e sei mais lá o quê, e até estava com sorte, porque, normalmente e quem me conhece sabe, me engano no caminho por dá cá aquela palha, e detsa vez, não voltei mais que duas vezes ao local do crime. Estou a melhorar, pelos vistos.
Entramos num local e abordaram-nos: campanha Luta contra o cancro. Nem hesitei. Ok. Acho apenas que se gasta demasiado e mal em certas coisas, mesmo na saúde, em vez de se fazerem exames e se diagnosticar atempadamente o que quer que seja, tugaland prefere dar o belo do comprimidinho que adormece a dor e o sintoma de uma ou outra maleita. Depois descobre-se tarde e gasta-se a dobrar. Miseravelmente vive-se assim por cá. Dois ou tr~es passos mais à frente, amnistia internacional. Pasme-se, avisei a miúda de que voltaria,porque era preciso comer no entretanto. Voltei e esperei que acabasse de abordar um senhor. Ficou a modos que admirada porque, dizia ela, não é normal haver gente interessada. Ninguém quer ouvir e saber o que se passa e o que pode fazer... De facto, maioritariamente as gentes deste país não quer saber de nada. Por isso estamos como estamos e todos os dias levamos mais um cadito de paulada. A malta até curte. Gostamos de nos queixar e não movemos uma palha para alterar seja o que for.
fiquei então a saber que, para além da newsletter que recebo e das assinaturas e baixo-assinados, a amnistia precisa urgentemente, em Tugaland de profs que possam fazer formação e depois difundir as realidades do mundo , sensibilizando os meninos, no nosso país. Percebi que na Big Lisboa apenas temos cerca de 10 pessoas a divulgar e assegurar esta organização. Em contrapartida em Espanha grande parte da população ajuda a amnistia e aposto que muitas outras organizações não governamentais. Cá prefere-se ajudar o governo a desgovernar. É de facto um mundo estranho este.

Danny Boy Ireland

quinta-feira, novembro 01, 2007

O dia em que me for...

Um ombro amigo, mais do que palavras, um sorriso terno, mais do que flores, um olhar tranquilo, um beijo dirão sempre,: - Eu estou aqui! Sempre do teu lado.
E é assim que os dias vão correndo, como água por entre os dedos, cintilantes, doces e calmos.
Por vezes, na pressa do corre-corre, não damos conta daquele olhar que parecia pedir colo ou perdão. Não percebemos o esgar de dor ou de tristeza, de abandono e de desistência do outro.
Encalacrados na versão maldosa do tempo, pensamos em correr sem dar a mão, chegar ao fim, sabendo sempre que aquele fim é sempre princípio de outro.
Foi desta maneira selvática que a nuvem chegu até cá. Sobressaltos, mentiras, egoísmos e medos tomaram conta do meu coração.
Apaziguaram-me, de novo, os anjos que teimosamente me seguram e afastam do chão do poço fundo. Uma mana do coração deixou-me este texto que aqui partilho. A doçura do olhar das minhas fadas ensinaram-me uma vez mais que o fim não existe, apenas um ciclo se fecha para dar início a outro e que a esperança persiste e segura as almas que somos.
Vagueio a vista pelo mar, encontro a calma e prossigo, correndo ou andando, conforme as forças me permitem, mas sempre com lugar no coração para quem ama e quer bem ao mundo e aos homens que somos.
De lado, deixo as maldades de outros, que pisam e repisam com objectivos loucos, insanos e egoístas de pensar que comandam o destino de povos como se de um jogo de xadrez pérfido se tratasse, no qual qualquer fim justifica os meios. ainda não sabem, infelizes, que a partilha e a dádiva generosa vale mais que milhares de barris?

O dia em que me for...

Quero estar feliz e leve
como as cigarras, cantar
depois um longo suspiro
dar, dizer adeus silenciosamente.
Não quero ninguém chorando por mim...
se fui, é porque era chegada
a hora, já tinha feito tudo
que me aprazia, era feliz.
Amei e fui amada
cantei, sorri, dancei, chorei,
vivi intensamente.
Mesmo que meu corpo
ainda esteja bonito,
a alma deve estar
encardida, e é preciso ser
lavada e purificada
para aqui poder retornar.
Os erros redimidos
o perdão verdadeiramente
consciente no coração,
Atingir a verdadeira serenidade
a paz e a tranquilidade.

Aos que deixo
não me digam adeus,
me digam até breve.
Lá de cima estarei sempre
com meu sorriso, com a minha
alegria, as minhas brincadeiras
olhando todos e me divertindo.
No baile da vida sou
dançarina nata,
e esse dom levarei comigo
para bailar com os anjos,
e amigos que lá encontrarei.
Deixo toda a felicidade que vivi, toda a paz
que me foi permitida usufruir, a simplicidade
qque me foi sempre peculiar,
deixo a bondade que existe no meu coração
deixo o mais importante
meu maior tesouro
a amizade sincera.
Deixo de legado a
minha vida transparente
que habita esse corpo
que me foi emprestado,
Nesse dia, vão descer dos céus
anjos cantando e os meus
amigos ouvirão a minha voz,
serena, sussurrando:
Adeus! simplesmente, fui...


Arney T. Marcheschi

http://amizadeverdadeira-amizade.blogspot.com/

Rakes of Kildare Hammered Dulcimer




Sempre gostei desta melodia celta. Hoje, ao ouvi-la ( oferta de uma amiga e colega que, sendo anjo, entendeu que escutaria e acalmaria este interior desgraçado) senti aromas da serra que o meu trazia quando ia à caça. O cheiro a caça, como eu chamava, a urze e a terra seca e quente, a bichos selvagens e livres que ele aprecia tanto, em liberdade. Tenho para mim, e ainda hei-de tirar esta dúvida, de que ele ia à caça para fugir dos humanos. Ia para ver e estar em comunhão com a Natureza. A mãe- Natureza.
Estou de volta, espero eu... cansadita mas a levantar lentamente de embates que teimam em ficar.

beijocas larocas e boa sexta