Voltei a ela este ano, como se volta ao colo de mãe. Senti que ainda pertenço ali e que apesar dos atentados que sofreu, ultimamente, no seu coração, com as obras dos homens maus, que mataram o verde e o colorido que nela havia, em plena Avenida dos Aliados, continua a ser o meu porto de abrigo.
Não tive medo de assaltos, as ruas saltavam, umas a seguir às outras e os meus passos copiaram os passos que dei há quase vinte anos, quando por lá andei, a estudar e a trabalhar.
O cinzento das fachadas pareceu-me mais luminoso.
Entristeci ao ver que muitas lojas e cafés que havia naquele tempo se transformaram, muitos deles em lojas de chineses. Não por serem chineses, apenas porque se perdeu a traça e o ambiente, aquele toque, aquela pinceladade requinte.
Acho que já escrevi um dia sobre este meu regresso às origens. Talvez me repita, nãof az mal. Nunca é demais falar do Porto.
Adorava poder levar as minhas doces fadinhas a passear por lá. Sei que tu reviverias momentos teus, kida mana. Só teus. Tal como eu fiz e farei, agora todos os anos, como se de uma promessa a santuário se tratasse.
Santa Catarina está esventrada. As lojas abundam, mas apesar do caos que se assemelha a crateras feitas por bombas e mísseis, mantém a jovialidade e o colorido das lojas, a diversidade de artigos, e ainda permite que andemos devagar, como num passeio pelo campo.
As pontes entre as margens norte e sul, miram-se no espelho das águas do Douro, vaidosas e elegantes. Abraçam-se gentes e terras. Andei a pé em ambos os tabuleiros da ponte D. Luís. Avistei o mar vigoroso, frio, rude, sincero e forte que
aos tropeções, vinha beijar o rio, procurando-lhe a alma, tentado envolver-se.
Olhei a Ribeira, o cais, os barcos e as gentes. Como romaria, foi enchendo de estrangeiros que ali saboreavam a calma, a cor, a majestosa sabedoria das pedras, das fachadas e da água.
Tenho saudades. Tenho que lá voltar... Temos que rever-te nobre cidade.
Eu tou mais crescida...mas escusam de pensar que melhorei, porque a lua é o meu destino. Um degrau, de cada vez, sempre. Porque baralho sempre e não tenho emenda... é escusado. Nem com choques eléctricos... Também só mesmo assim posso saborear, aprendendo a ser sábia com a ajuda doce das fadas e duendes que me conhecem e amparam. Grata a quem me quer bem. Mil beijos e abraços(º_º)
O rio
quarta-feira, julho 04, 2007
A lógica da batata
À conversa com uma amiga do coração, fiquei a saber que pretendem que as pessoas com 55 sejam reempregadas, dando benefícios aos empresários. Em contrapartida, quem tiver 23 anos e não tiver 12º ano, não é força de trabalho.
Desejo, ardentemente, que os senhores de 55 anos abram a pestana e que a camada idosa repense em quem deve votar. Se bem que as escolhas, a meu ver, actualmente, não sejam nenhumas.
Ao invés de apostarem no sangue novo, cheio de esperança e que ainda acredita que vale a pena trabalhar, produzir, cheios de ideias novas, sem desprimor para quem já é agée.
Eu bem sei que têm mais experiência, mas não merecerão mais calma, mais respeito, menos chulice?
Entristece-me ver o meu país a desmoronar, por causa do lucro, de um buraco que teima em ficar aberto, como ferida nauseabunda e sem cura...
Entristece-me ver o pulular de ideias megalómanas, quando era tão mais fácil combater déficits e a roubalheira monumental...
Entristece-me dizer à minha nina que não sei como será o futuro nem o meu nem o dela...
Quantos pais desesperarão à conta desta instabilidade, desta mentira, desta maldade?
Resta-me o orgulho de deveres cumpridos, a honestidade, a verdade e o amor... nada mais...
Desejo, ardentemente, que os senhores de 55 anos abram a pestana e que a camada idosa repense em quem deve votar. Se bem que as escolhas, a meu ver, actualmente, não sejam nenhumas.
Ao invés de apostarem no sangue novo, cheio de esperança e que ainda acredita que vale a pena trabalhar, produzir, cheios de ideias novas, sem desprimor para quem já é agée.
Eu bem sei que têm mais experiência, mas não merecerão mais calma, mais respeito, menos chulice?
Entristece-me ver o meu país a desmoronar, por causa do lucro, de um buraco que teima em ficar aberto, como ferida nauseabunda e sem cura...
Entristece-me ver o pulular de ideias megalómanas, quando era tão mais fácil combater déficits e a roubalheira monumental...
Entristece-me dizer à minha nina que não sei como será o futuro nem o meu nem o dela...
Quantos pais desesperarão à conta desta instabilidade, desta mentira, desta maldade?
Resta-me o orgulho de deveres cumpridos, a honestidade, a verdade e o amor... nada mais...
Rui Veloso - A paixao
Porque os desencontros acontecem... porque a paixão bate à porta de forma teimosa... porque o céu, o mar e o amor existem sempre...
boa quarta :)
Os meus meninos já... voam
Já tinha falado do casal de andorinhas que decidiu contruir casa mesmo à entrada da maison.
Num ápice fizeram casa e procriaram. Três belos doces bebés, que mais não faziam que comer.
era vê-los de cabecita nua, a espreitar, de cada vez que chegávamos a casa. Demos connosco aos gritos, feitas malucas: - Vão pa dentrooooooo. Olha que caemmmmmmmmm!!!!!
Ora eles cresceram num instantinho. Filmei-os, gorduchos que nem franguitos.
Com cara de bebés, inocentes e papa-açordas, à espera dos pais, que a cada minuto lá voltavam a voar, para os alimentar. Os mocitos já tinham o tamanho dos pais nestes últimos dias.
Hoje, mal saímos, pela manhã, a nina soltou a exclamação:
- Olhaaaaaaaaa! Os pequenitos já não estão aqui.
Num tempo record, de um mês, as criaturinhas da paz, já voam com os pais.
Fiquei feliz por eles, pobrezitos, sempre podem descansar e comer agora, com calma.
E eu, continuo a sentir uma benção divina por saber que voltarão, na próxima Primavera e me deixarão assistir a mais momentos mágicos da vida.
Boa quarta
Num ápice fizeram casa e procriaram. Três belos doces bebés, que mais não faziam que comer.
era vê-los de cabecita nua, a espreitar, de cada vez que chegávamos a casa. Demos connosco aos gritos, feitas malucas: - Vão pa dentrooooooo. Olha que caemmmmmmmmm!!!!!
Ora eles cresceram num instantinho. Filmei-os, gorduchos que nem franguitos.
Com cara de bebés, inocentes e papa-açordas, à espera dos pais, que a cada minuto lá voltavam a voar, para os alimentar. Os mocitos já tinham o tamanho dos pais nestes últimos dias.
Hoje, mal saímos, pela manhã, a nina soltou a exclamação:
- Olhaaaaaaaaa! Os pequenitos já não estão aqui.
Num tempo record, de um mês, as criaturinhas da paz, já voam com os pais.
Fiquei feliz por eles, pobrezitos, sempre podem descansar e comer agora, com calma.
E eu, continuo a sentir uma benção divina por saber que voltarão, na próxima Primavera e me deixarão assistir a mais momentos mágicos da vida.
Boa quarta
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