O rio

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quarta-feira, junho 25, 2014

Insustentabilidade de Ser-se na Terra

Há dias em que apetece bater com a porta. Sair sem mala, sem nada. Ir. Apenas para não ter que olhar de frente a mágoa. Quando nos dizem, vezes sem conta, que o mundo é uma selva, não queremos ver. Achei sempre que as pessoas eram boas. À partida somos todos bons... mas afinal, há momentos em que as asas se me páram e acabo por aterrar em locais bem movediços. Tenho cada vez mais cansaço na vida. Há vidas piores. Mas entristece tanto perceber a mesquinhez, a velhacaria, o sórdido daquele que não faz nem metade e se prontifica a sacanear quem se desdobra anos a fio... somos um povo muito medíocre. nunca valorizamos o que é bem feito, sem o fazermos com inveja. E aos que falham por desconhecimento, pisamos (falo de alunos). Nunca damos a mão à palmatória se erramos. Vivemos em constantes desprestígios e a empoar, embandeirar, sorrir e acenar, para o flash... vivemos de faitdivers e num comensalismo humano.

Se de um lado e combate a tortura, do outro estimula-se a competitividade. Se de um lado se combate a guerra, do outro alimentamo-la.... que raio de vontade dá viver aqui?