O rio

O rio

quarta-feira, julho 30, 2008

E depois venham falar de G8 e tratados e protocolos e o caneco que eu respondo à letra e à nortenha, não quero saber...

Andava eu a passarinhar , como se diz no meu norte, e dei de caras com uma notícia no hotmail. É que já nem posso tagarelar pelo msn porque, de cada vez que tento começar a tagarelar o quadrinho abre e depois fecha-se-me tudo. Anyway, não admira, aqui é sempre assim.

Mas voltemos à notícia, que no fundinho explica o títalo que dei ao post. É dito que em Pequim se "produzirá" chuva para amainar os gases que por lá vão, antes da abertura dos Jogos.



"(...)luta que o governo e os organizadores dos Jogos travam para melhorar a qualidade do ar é tão grande que os métodos usados para criar chuva lembram práticas de guerra. Canhões, aviões e até foguetes são usados para lançar o iodeto de prata nas nuvens. A freqüência com a qual os "ataques" acontecem está ligada à vontade dos manipuladores. São Pedro aceita as "ordens" de chuva e não tem decepcionado."

O contra-senso é tão maior que se pensarmos no que se tenta incutir à malta com as lengalengas do"faça exercício físico pela sua saúde" e tal e coisa, me resta concluir que o Mundo é composto de bandalhos hipócritas. Eu se fosse desportista ou governo não participaria neste evento e pronto. Mas também se fecharam os olhos às atrocidades praticadas aos animais e aos presos políticos... Ai! valha-me Saturno!


Boa semana e beijocas larocas directly from Seychelles City

segunda-feira, julho 28, 2008

Tou com jetlag ou jét leg?

Acordei à uma da tarde, com uma dor de cabeça que dá ganas de fazer tolice... A praia é magnífica (eheheheheh, já tou a meter nojo), com massagistas e tartarugas a perder de vista. Claro que agora que Tugaland está a abarrotar de dinheiro, por causa dos poços de crude descobertos em Freixo-de-espada-à-cinta (não escrevo direito porque estou de férias e furiosa- acabei de receber mail sobre trabalho que me espera grrrrrrrrrrrrrr), as Seychelles começam a ter alguns exemplares da nossa land, acompanhados da máquina fotográfica de cinco litros, o vestido da senhgora e a banhoca às pernas.... ( tenho que deixer de ir à praia de vestido...tá visto).


Tou aqui:
http://outdoors.webshots.com/photo/1349618057016210253WxcBtL?vhost=outdoors

quarta-feira, julho 23, 2008

Llac a Verges, País petit




O meu país é tão pequeno... que quando o sol se vai deitar/ vai dormir
nunca tem a certeza de o ter visto
As velhas sábias dizem
que é por isso que ele volta
Sim, talvez elas exagerem
Que interessa, é assim que me agrada a mim...

Quico Pi de la Serra - Perquè vull

M'aclame a tu



Ovidi Montllor - M'aclame a tu

Mª del Mar i Joan Ramon Bonet - Nova cançó de s'amor perdut



Uma língua que me encanta... o catalão...

Uma óptima semana, amor e sorrisos para todos/as



Almir Sater e Renato Teixeira - Tocando em frente

quinta-feira, julho 17, 2008

Contra-sensos...

Num país tadinho, onde o dinheiro se escoa por entre os dedos e nunca chega ao final do mês, onde tudo ficou com o dobro do preço com a entrada na Uniãio Europeia, onde chegar ao final de carreira parece iragem para quem está no início ou a meio, e é punição para quem a termina, onde se é punido por ser jovem e por ser velho, onde os sonhos se transformam em sucessivos pesadelos, o governo descobre a pólvora a cada semana.
Falo dos Planos Nacionais de Leitura, da Matematica e do Tecnológico. O primeiro vem insistentemente tentar fazer passar a ideia de que os alunos não liam, e que, por obra e graça do próprio, deixamos de ter iliteracia. É um facto que uma escola apetrechada favorece os seus pupilos. Nada de novo. Era escusado embandeirar em arco, mas pronto, virou moda gabarmo-nos do que fazemos. Como isto me irrita!
Ao segundo são dadas horas que não se dão ao primeiro. Até porque a Língua nem é mal que sempre dure. Em 2010 levaremos com a TLEBS pela frente e seja o que Deus quiser. Junte-se-lhe o Acordo Ortográfico e teremos um bailarico interessante em Tugalês. Se agora há recursos para alunos com seis negas, passaremos a ter para tudo e mais alguma coisa. Será que me engano?
Por fim vem o terceiro Plano... será que os PC e os quadros electrónicos vão mesmo chegar? E a net sem fios? O que é certo é que há vontade, pelo menos no que leio.

Mas o que me leva a desfiar o rosário é o PNL. Queremos que os alunos leiam. Mas, ou tou maluca ou sonho demais, não baixamos o preço dos livros. Cá em casa, a nina come livros e eu tou a entrar naquela fase em que as prioridades têm que ser reformuladas, pesadas, equacionadas e mais nem sei o quê... talvez riscadas. Esta semana, entrei na livraria do costume, da qual fujo ultimamente, para não acabar por ter que ir ao prego. E saí de lá com três livros e menos 30 euros. Sr. Ministro, senhora Ministra, for craiste seike!!!!!! Assim não há literacia que aguente.

Boa Sexta e beijocas larocas

segunda-feira, julho 14, 2008

That's not my... name



boa semana

Bailemos... então!

Porque é preciso saber-se

Decorreu este fim-de-semana, em Chaves, o Campeonato do Mundo de veteranos de Pesca Desportiva de Rio.
Está bem... não tem o mesmo sucesso nem visibilidade que tem o futebol, o equipamento é caro e não sai do bolso de nenhuma federação, mas do gajo ou gaja que amocha com os sacos desde as seis da matina (era assim no meu tempo).

Para que se saiba, porque é preciso e soube-me bem saber: Portugal ganhou o Campeonato, por equipas, sendo que o segundo classificado, em individuais, era português. Parabéns ao sr. britânico que ficou em primeiro lugar.

Questão de Virgula...

Mandaram-me este mail há coisa de poucos instantes e não resisti. Antes de chegar às conclusões, fiquei-me pelo começo e ... pus a vírgula imediatamente a seguir a " Mulher"... desconfio que quem tratou a estatística disto se enganou ou estava do lado do inimigo.

ONDE COLOCARIAS A "vírgula" NESTA FRASE ?

"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de rastos à sua procura."

99% das mulheres colocam a virgula a seguir a MULHER
99% dos homens colocam-na a seguir a TEM

É tramado...

sábado, julho 12, 2008

No meu Norte... é melhor!

Na terça passada arranquei de solo moçárabe em direcção ao norte. Levava as horas contadas. O meu sobrinho, gajo lindo, lindo, lindo era baptizado às sete da tarde. Tinha uma reunião bué produtiva que durou hasta las cinco de la tarde ( não, não gosto de tourada). Corri até casa para deixar a bicharada cuidada e agarrar no saco. Pensei sempre que em 3 horas lá me punha no meu Norte. Que nada! Sempre que a malta está com pressa... surgem os famosos empata... qualquer coisa ou qualquer um. Apanhámos acidentes, troços de estrada cortados em faixas simples e duplas, até para a outra via tivemos que desviar ali para os lados da Feira, se bem me lembro porque eu baralho tudo. Estranhamente, há não sei quantos anos duram as obras de Santarém e arredores. Se for assim a recuperação deste país depois da loucura actual, nem na próxima reencarnação nos safamos.
Mas dizia eu que íamos a caminho. O tempo passa mais depressa de música alta, e pé na tábua. Lembrei-me por diversas vezes que o código se alterou e ficar sem carta complica a coisa. O que é certo é que só às dez da noite chegámos ao baptizado. No lusco-fusco do jardim da minha mãe, os pequenitos faziam bolas de sabão, os crescidos, à mesa tagarelavam calmamente. Cheguei eu, a espalha-brasas, mil abraços se espalharam e muita beijoca. Até o padre ganhou beijo. Para mais tarde, desastradamente o afligir. Eu explico. Levava uma camisola de alças e estava encalorada, devido à condução e aos gajos que resolveram pôr-se entre mim e o meu norte e empataram e fizeram com que soltasse o nortenho que há em mim de maneira alucinante. E toda a malta me dizia:
- Cris... veste um casaco.

Depois de responder polidamente umas quatro ou cinco vezes, o padre caiu na asneira de repetir. E sem pensar saiu isto:
- Ó sr. Padre, eu sou uma mulher ... quente.

Tou sempre a dar tiros nos pés! O resto da malta fingiu não ter ouvido ( adoro a minha mãe por esta sabedoria) e só a minha mana Bé me percebeu. Acabámos às gargalhadas as duas, porque é terrível estar ao pé de mim...
Mas no meu norte tudo foi melhor. Regressei para a terra de camelos no dia a seguir, para continuar o trabalhinho. Parece que tudo fi mais rápido no regresso. Raio de sensação!!!

Bom Sábado

Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas. Lembre-se da sabedoria da água: "a água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna.

Postado amizade at Quarta-feira, Julho 09, 2008 Comments | Trackback

Autor Minuto de Sabedoria

You fu coffee? Or tomato juice?



Bom fim-de-semana

Pam Ann no oriente

Desorientem-se!

Bora lá - Fly with me!

Bora l

Come and fly in PaM Ann

Uma senhora hospedeira!

Com beijocas larocas a cair de nuvens coloridas



Coldplay - Viva La Vida

sábado, julho 05, 2008

Ouvi contar que Outrora - Ode Ricardo Reis/Fernando pessoa

Ouvi Contar Que Outrora

Ouvi contar que outrora, quando a Pérsia
Tinha não sei qual guerra,
Quando a invasão ardia na cidade
E as mulheres gritavam,
Dois jogadores de xadrez jogavam
O seu jogo contínuo.

À sombra de ampla árvore fitavam
O tabuleiro antigo,
E, ao lado de cada um, esperando os seus
Momentos mais folgados,
Quando havia movido a pedra, e agora
Esperava o adversário.
Um púcaro com vinho refrescava
Sobriamente a sua sede.

Ardiam casas, saqueadas eram
As arcas e as paredes,
Violadas, as mulheres eram postas
Contra os muros caídos,
Traspassadas de lanças, as crianças
Eram sangue nas ruas...
Mas onde estavam, perto da cidade,
E longe do seu ruído,
Os jogadores de xadrez jogavam
O jogo de xadrez.

Inda que nas mensagens do ermo vento
Lhes viessem os gritos,
E, ao refletir, soubessem desde a alma
Que por certo as mulheres
E as tenras filhas violadas eram
Nessa distância próxima,
Inda que, no momento que o pensavam,
Uma sombra ligeira
Lhes passasse na fronte alheada e vaga,
Breve seus olhos calmos
Volviam sua atenta confiança
Ao tabuleiro velho.

Quando o rei de marfim está em perigo,
Que importa a carne e o osso
Das irmãs e das mães e das crianças?
Quando a torre não cobre
A retirada da rainha branca,
O saque pouco importa.
E quando a mão confiada leva o xeque
Ao rei do adversário,
Pouco pesa na alma que lá longe
Estejam morrendo filhos.

Mesmo que, de repente, sobre o muro
Surja a sanhuda face
Dum guerreiro invasor, e breve deva
Em sangue ali cair
O jogador solene de xadrez,
O momento antes desse
(É ainda dado ao cálculo dum lance
Pra a efeito horas depois)
É ainda entregue ao jogo predileto
Dos grandes indif'rentes.

Caiam cidades, sofram povos, cesse
A liberdade e a vida.
Os haveres tranqüilos e avitos
Ardem e que se arranquem,
Mas quando a guerra os jogos interrompa,
Esteja o rei sem xeque,
E o de marfim peão mais avançado
Pronto a comprar a torre.

Meus irmãos em amarmos Epicuro
E o entendermos mais
De acordo com nós-próprios que com ele,
Aprendamos na história
Dos calmos jogadores de xadrez
Como passar a vida.

Tudo o que é sério pouco nos importe,
O grave pouco pese,
O natural impulso dos instintos
Que ceda ao inútil gozo
(Sob a sombra tranqüila do arvoredo)
De jogar um bom jogo.

O que levamos desta vida inútil
Tanto vale se é
A glória, a fama, o amor, a ciência, a vida,
Como se fosse apenas
A memória de um jogo bem jogado
E uma partida ganha
A um jogador melhor.

A glória pesa como um fardo rico,
A fama como a febre,
O amor cansa, porque é a sério e busca,
A ciência nunca encontra,
E a vida passa e dói porque o conhece...
O jogo do xadrez
Prende a alma toda, mas, perdido, pouco
Pesa, pois não é nada.

Ah! sob as sombras que sem qu'rer nos amam,
Com um púcaro de vinho
Ao lado, e atentos só à inútil faina
Do jogo do xadrez
Mesmo que o jogo seja apenas sonho
E não haja parceiro,
Imitemos os persas desta história,
E, enquanto lá fora,
Ou perto ou longe, a guerra e a pátria e a vida
Chamam por nós, deixemos
Que em vão nos chamem, cada um de nós
Sob as sombras amigas
Sonhando, ele os parceiros, e o xadrez
A sua indiferença.

Ninguém a Outro Ama : F. Pessoa

Ninguém a outro ama, senão que ama
O que de si há nele, ou é suposto.
Nada te pese que não te amem. Sentem-te
Quem és, e és estrangeiro.
Cura de ser quem és, amam-te ou nunca.
Firme contigo, sofrerás avaro
De penas.

Bom Sábado

Estás só. Ninguém o sabe. Cala e finge.
Mas finge sem fingimento.
Nada 'speres que em ti já não exista,
Cada um consigo é triste.
Tens sol se há sol, ramos se ramos buscas, Sorte se a sorte é dada.


Site de poesias coligidas de Fernando Pessoa

quinta-feira, julho 03, 2008

Bom resto de semana...

A malta quer ir a banhos e o vento aparece teimoso...


Um dia destes, lá cometi a loucura de ir até à praia, por volta das seis da tarde, que isto por aqui é sempre quase ao lusco-fusco. Derretemos com o calor e não convém.
Pensava eu que a ia encontrar deserta e ... bem, deu para esticar as toalhas, o que não é mau de todo. Vimos corridas de bebés a gatinhar ( uma delícia), miúdos pequenos a brincar com o sonho e a gritar que estava ali um tubarão... e a paz reinava. Eis que surge um Serra da Estrela bem gordinho, pelo que não andava à procura de dono.
Um monte de areia empinava-se junto à água, resquícios de buraco feito por um matulão que procurava, segndo a nina, petróleo. Eu ainda disse que se calhar procurava era um osso ou uma passagem para a China, mas ela não acreditou.
Então, voltando ao cão, aponto para ele e digo:
- Vai aliviar-se. Queres ver: 1...2...3
E tungas, uma mijadela de cão na areia da praia. Indecente, né? É Tugaland no seu melhor. Os bebés lá brincavam alheios àquilo. O bicharoco foi-se embora calmamente. Ele nem é culpado. Mas bem gostava de ter dado de caras com o cromossoma do dono!

Bom restito de semana... por aqui ainda se trabalha e bué! Beijocas larocas.

Una tonteria el amor

Una tonteria... amar


una tonteria amarte
quererte y nunca saber donde estas
sentir la sangre se marchando como un huracan
saber que estas lejos y jamas el camino sera lo mismo