O rio

O rio

segunda-feira, junho 23, 2008

Caixinhas e bisbilhoteiras

Há algum tempo que me venho a segurar para não dar barraca em locais públicos. Sou contidinha, mas não há quem aguente em certas alturas.
Há uns anos, numa onda de civismo e porque pensava que mudava o mundo, numa peixaria aguardava a vez, quando a senhora que estava a ser atendida resolveu atirar a senha para o chão. Feita lerdinha disse-lhe:
- Desculpe, a senhora deixou cair o papel.
De repsosta na ponta da língua, a avestruz retorquiu:
- Ah, eu já não preciso dele.

Bem feita para não armar em esperta. Sorte tem a minha mana Jo que um dia, na praia, foi atrás de um casal com o respectivo saco do lixo e eles acabaram injuriados, por perceber que tinham sido... porcos. Mas comigo a coisa marcha de maneira diferente.

Hoje fui a uma caixa multibanco. POr norma, para manter o recato que toda a gente tem direito, mantenho-me afastada de quem já lá está. O senhor de hoje até foi gentil e apressou-se a avisar que ia fazer pagamento, pelo que eu estava autorizada a passar-lhe à frente, coisa que não fiz. Veio de lá uma senhora de idade já respeitável mas pouco respeitadora e truz - em cima do homem. Apreciou cada tecla que marcou e abanava a cabeça de cada vez que o homem se enganava a digitar códigos e referências. Um colosso. Eu comecei a soprar, mas de nada me valeu.
quando o senhor acabou de pagar, preparou-se a distinta senhora para me passar à frente e eu, matreira, zás, com jogo de cintura, avancei. Levei com o etsropício o tempo todo a olhar por cima do ombro e, apesar dos meus olhos faiscarem, lá se manteve, qual soldado no seu posto. ainda comentou que as máquinas andavam lentas. Depois de meia dúzia de sopros e olhar enraivecido lá saí, sem dizer mais nada, porque por mais que refilasse lá no fundinho de mim, vi que ainda levava uma gramdessíssima resposta, se me armasse em civilizada. Afinal de contas, we are in Tugaland


Boa semana