Quando era pequena esta expressão parecia-me comprida e ao mesmo tempo, leve.
O meu pai ensinou-me o significado. Um dia, aos 18, disse-me que devemos respeitar os outros. Assim, de forma simples, sucinta.. bem curta e ao mesmo tempo tão carregada de verdade, sabedoria e respeito pelo próximo.
Palavra de honra. Quase já nem se usa. Opta-se pelo "juro". E a honra desaparece para dar lugar às mais vãs juras... vazias, ocas de sentimento e de respeito, alagam-nos, apertam-nos, cingem-nos com juras para depois se retirarem palavras e juras, sentimentos e promessas...
O meu pai não mentia. Quando muito omitia... muitas vezes omitimos. Prefiro pensar assim. Fico com a sensação de que o meu refúgio é confortável e ainda existe.
Hoje, quando me apeteceu vir aqui, vinha para usar o "Não".
Pra te dizer que NÂO TE ESQUECI
Não me escondi
Não menti
Não afirmei coisas que não sentia
Não duvidei
mas, vistas bem as coisas, prefiro usar a MINHA PALAVRA DE HONRA e dizer apenas que...
Palavra de honra que não te entendo.
Palavra de honra que acreditei plenamente.
Palavra de honra que amo a transparência.
Palavra de honra que odeio o medo, o escuro, a desilusão,
o silêncio tolo...