O rio

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terça-feira, novembro 11, 2008

Bailemos muito tra vex



Akon - Na na na




Robbie williams - Road to Mandalay



Somente o necessário - Livro da Selva

Boa semana

O cinismo nunca foi o meu forte, Dª Lurdes

Pois é. Eu até era para vir escrever sobre os dias malfadados, cheios de aventuras cá pelo meu castelo. Ia até contar como foi deprimente chegar, na sexta, a casa, e descobrir que os cães fizeram uma festa de esferovite num quarto sem esperarem por mim. Ia contar que, a seguir, juntei as bolinhas malvadas que teimavam em fugir só com a respiração, e quando o monte estava perfeito para ensacar de novo, veio de lá o gatito bebé, o meu "Olhinhos" ( meu porque foi o primeiro a nascer e eu suei as estopinhas para o pôr cá fora), deitado ao comprido concolou-se a imitar um corta-relvas espalhando de novo aquilo tudo. Arrancou as gargalhadas que atrofiaram com a cena de entrada... Vinha até com vontade, mas quis a nossa senhora ministra e afins que a coisa azedasse mesmo.

Adiam o quê????? Avaliam quem????? Como???? Quando???? Brincando de esconde-esconde, afirmam hoje que apenas quem quiser concorrer será avaliado? Que a avaliação bla... bla... bla... Desculpem.... E a avaliação deste ano não é supostamente a que vai valer daqui a 4 anos? Não conta? Eu baralhei e voltei a baralhar e isto nem aqueceu nem arrefeceu. Apenas se trata de um pouquinho mais de areia para a malta se alhear do sério. Pois senhora ministra, vou escrever como mãe!

Como mãe, pergunto por que carga de água os meninos têm a carga de horas de aulas que bem poderiam funcionar nas restantes disciplinas. Refiro-me a Área de Projecto!!!! Os alunos têm direito a um limite de 3 faltas injustificadas, sendo que o novo estatuto prevê que mesmo doente e com as faltas justificadas, o aluno seja submetido a avaliação. Há casos caricatos de alunos que estando doentes, são avaliados à chegada à escola, porque ... faltaram... Medidas avulsas com brindes Magalhaninos a mim não me interessam. Gostava de ver a minha filha numa escola com computadores nas salas, sim, não quadros interactivos que, assim que um aluno se levanta, ficam negros e sem piada. Gostava que a Internet e os livros chegassem sem medo, e que as turmas não tivessem mais que vinte alunos. Gostava que os professores da minha filha fossem satisfeitos para as aulas e não fizessem 200 km por dia, nem que ela tivesse ficado um mês sem aulas, por falta de professor, com tantos no desemprego. Gostava que ao almoço, não esperasse 20 minutos na fila, quando não são duas horas, nem que tivesse de apresentar atestado para comer dieta. Gostava que nos bares da escola as sopas pudessem ser vendidas. Sempre era mais importante os alunos comerem uma sandes e uma sopa, do que ver as empregadas de gorro e luvas a servir café. Gostava que a minha filha não tivesse que se ver sem 200 euros para livros todos os anos, num ensino que se diz obrigatório e gratuito. Gostava que os alunos pudessem ir à casa de banho sem ter que mendigar papel higiénico. Gostava que a farsa do cartão electrónico não se tivesse tornado num cavalo de batalha, no qual os alunos ficam sem comer cada vez que o sistema vai a baixo ou falta a luz, porque a vida se resumiu a um cartão. Gostava que as escolas tivessem transporte para poder levar e trazer as suas crianças sem estar refém da disponibilidade da câmara ou de outro organismo. Gostava que as crianças de hoje não tivessem que emigrar para serem alguém, porque o seu país está a saque, cheio de magnatas que sugam o sangue de uma nação a coberto de promessas incumpridas. Gostava de poder dizer à minha filha que a podridão da justiça,onde os criminosos são soltos e os pobres roubados, é apenas um mau sonho que irá passar. Quer a senhora avaliar professores, pedir-lhes que tracem objectivos quanto ao sucesso que terão com esta e aquela turma, como se os professores pudessem agoravirar cartomantes. Quer a senhora avaliar os professores se, se avaliar a si. Porque os professores todos os anos são avaliados, diariamente pelos pais dos aluno, os alunos, os seus pares e a chefia. E quando erram, procuram melhorar. Não são capazes de se manter 4 anos seguidinhos a fazer asneirada diária sem dar a mão à palmatória. Continuarei a ensinar à minha filha a HUMILDADE DE RECONHECER QUANDO SE ERRA porque só assim o SER HUMANO poderá chegar mais próximo da perfeição.

beijocas larocas e saudades. Perdoem a ausência... eu volto :)