O rio

O rio

sábado, abril 28, 2007

Sábadooooooooooooooooooo

Não sei bem porquê, mas ando numa espécie de regresso ao passado. A recordar marcos, páginas da minha vida.
Este filme marcou e voltou dum cantinho da memória. Andava eu por no meu Porto, cheia de sonhos e ilusões... e a turma lá marchou toda em excursão.

Resolvi partilhar ... http://www.youtube.com/watch?v=1Cs4YeCPm_o
http://www.youtube.com/watch?v=S5ucfBvOmIU

(Especial para os meninos travessos: Looooooooooooooooool)


Óptimo sábado


e mil beijos

Água

Como quieres ser mi amiga
si por ti daria la vida,
si confundo tu sonrisa
por camelo si me miras.
Razon y piel, difcil mezcla,
agua y sed, serio problema.

Como quieres ser mi amiga
si por ti mi perderia,
si confundo tus caricias
por camelo si me mimas.
Pasion y ley, difcil mezcla,
agua y sed, serio problema

Cuando uno tiene sed
Pero el agua no esta cerca,
cuando uno quiere beber
pero el agua no esta cerca.

Que hacer, tu lo sabes,
conservar la distancia,
renunciar a lo natural,
y dejar que el agua corra.

Como quieres ser mi amiga
cuando esta carta recibas,
un mensaje hay entre lineas,
como quieres ser mi amiga

Jarabe de Palo

Seus Olhos

Seus olhos --- se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou ---
Não tinham luz de brilhar.
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.

Divino, eterno! --- e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, num só momento que a vi,
Queimar toda alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.


Almeida Garrett



Fui à minha arquinha de recordações...

Yves Montand
Barbara

Rappelle-toi Barbara
Il pleuvait sans cesse sur Brest ce jour-là
Et tu marchais souriante
Épanouie ravie ruisselante
Sous la pluie
Rappelle-toi Barbara
Il pleuvait sans cesse sur Brest
Et je t'ai croisée rue de Siam
Tu souriais
Et moi je souriais de même
Rappelle-toi Barbara
Toi que je ne connaissais pas
Toi qui ne me connaissais pas
Rappelle-toi
Rappelle-toi quand même ce jour-là
N'oublie pas

Un homme sous un porche s'abritait
Et il a crié ton nom
Barbara
Et tu as couru vers lui sous la pluie
Ruisselante ravie épanouie
Et tu t'es jetée dans ses bras
Rappelle-toi cela Barbara
Et ne m'en veux pas si je te tutoie
Je dis tu à tous ceux que j'aime
Même si je ne les ai vus qu'une seule fois
Je dis tu à tous ceux qui s'aiment
Même si je ne les connais pas

Rappelle-toi Barbara
N'oublie pas
Cette pluie sur la mer
Sur ton visage heureux
Sur cette ville heureuse
Cette pluie sur la mer
Sur l'arsenal
Sur le bateau d'Ouessant
Oh Barbara
Quelle connerie la guerre
Qu'es-tu devenue maintenant
Sous cette pluie de fer
De feu d'acier de sang
Et celui qui te serrait dans ses bras
Amoureusement
Est-il mort disparu ou bien encore vivant
Oh Barbara

Il pleut sans cesse sur Brest
Comme il pleuvait avant
Mais ce n'est plus pareil et tout est abîmé
C'est une pluie de deuil terrible et désolée
Ce n'est même plus l'orage
De fer d'acier de sang
Tout simplement des nuages
Qui crèvent comme des chiens
Des chiens qui disparaissent
Au fil de l'eau sur Brest
Et vont pourrir au loin
Au loin très loin de Brest
Dont il ne reste rien




Ce que j'aimerais entendre un jour...


Viens, laisse un peu tomber tes poupées
A ton âge il faut s'en aller
Je sais que tes parents sont très gentils
Mais eux, à ton âge, ils étaient partis.

Viens, je ne suis pas encore très vieux
J'ai la passion au fond des yeux
Et j'ai besoin d'un cœur tendre à aimer
Oh oui, j'ai besoin de te protéger

J'ai tellement d'amour à te donner

Chez moi, il y a des canapés où je bercerai toutes tes poupées
Chez moi, je t'installerai le marché aux fleurs pour te parfumer
Chez moi t'auras des violons pendus au balcon pour te faire danser
Chez moi tu retrouveras tout ce que tu a si peur de quitter

Viens, laisse un peu tomber tes poupées
Laisse tes livres et tes cahiers
La vie, tu sais, ça s'apprend au dehors
D'ailleurs, je sais que quelque fois tu sors

Viens, j'ai peur que ton cœur prenne froid
J'ai peur qu'un jeune maladroit
Te fasse mal sans le vouloir vraiment
Oh oui, méfie-toi des jeunes amants

Qui ont le cœur coupant comme un diamant

Chez moi, les tigres sont morts, y a un chat qui dort, un chien pas méchant
Chez moi, tu auras le choix entre aimer un roi ou bien un mendiant
Tu vois, mes ongles sont courts, je peux pas griffer même par amour
Chez moi, pour tes insomnies, même en pleine nuit, je ferais grand jour

Chez moi, y a des berceaux blancs, ou tous nos enfants s'endorment déjà
Tu vois tout ce que tu veux, tout ce que tu as est déjà chez moi..



Serge Lama

Aquarela

Toquinho

Composição: Toquinho/Vinicius de Moraes

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva

Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul

Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo

Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar

Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)





João e Maria




Agora eu era o herói

E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá desse quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no meu mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim


Música: Sivuca
Letra: Chico Buarque