O rio

O rio

quarta-feira, abril 25, 2012

Viva o dia da Liberdade... o dia em que todos acreditaram ser possível a verdade e a Luz!

Fraternidade e Esperança encheram peitos naquele dia solarengo de Abril Homens e Mulheres de um povo triste sorriram com Verdade acreditando que o Amor e a Liberdade são possíveis. Ratos que aproveitam a bondade de muitos, têm desde então, subido as escadas de um hemiciclo Legislado contra o mesmo povo de formiguinhas. A nível mundial vivem-se estas verdades, estes factos. Mas a ESPERANÇA, O AMOR INCONDICIONAL, A VERDADE E O DIREITO À VIDA ÍNTEGRA, PACÍFICA E FELIZ ASSISTE A TODOS!!!!!!!!!! E até partir o último habitante desta Terra, esta VERDADE manter-se-á no sangue de todas as veias, na Alma de todos os povos. Eu vim de longe... amo os seres humanos e partilho com todos a minha Luz!

quinta-feira, abril 19, 2012

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e nao estamos de maos enlaçadas.
(Enlacemos as maos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e nao fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as maos, porque nao vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixoes que levantam a voz,
Nem invejas que dao movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente nao cremos em nada,
Pagaos inocentes da decadencia.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as maos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

Ricardo Reis

Pelo poema...






Amar é querer
querer bem
desejar que a Luz da Manhã eternize na pessoa
que nos faz flutuar
corar
e sorrir
nos dias
da passagem por cá

Amar é deixar voar
deixar ir
o que sendo nosso não mora ao lado
apenas em nós

Deixo que escrevas em mim
que graves
como casca de árvore
ao vento e à chuva
no mais profundo de mim
e partas
como mensageiro
de um tempo que não é nosso

Adeus...

quarta-feira, abril 18, 2012






Viver coisas que não são
fazem parte do trajecto...
procuro a clarividência e a Luz
encontrar as pedras
como Tomé...
mas não é fácil.
Já sei,
quem disse que era?
Mas feitas as contas,
o tempo escorreu,
como água entre dedos
maravilhei-me com o nada
e hoje olho as mãos vazias
de coisa nenhuma
e à volta
a plenitude da solidão.
Ainda bem que o céu nunca me deixa desiludida
mesmo da cor de chumbo
não me deixa à espera
não é vão nas promessas
sei que um dia
a viagem de regresso me trará a ternura e doçura que tanto almejo aqui
mas não encontro.


Não me prometam nada, nunca.

terça-feira, abril 10, 2012

sexta-feira, abril 06, 2012

Não queiras Saber de Mim...




Não queiras saber de mim
Esta noite não estou cá
Quando a tristeza bate
Pior do que eu não há
Fico fora de combate
Como se chegasse ao fim
Fico abaixo do tapete
Afundado no serrim
Não queiras saber de mim
Porque eu estou que não me entendo
Dança tu que eu fico assim
Hoje não me recomendo
Mas tu pões esse vestido
E voas até ao topo
E fumas do meu cigarro
E bebes do meu copo
Mas nem isso faz sentido
Só agrava o meu estado
Quanto mais brilha a tua luz
Mais eu fico apagado
Dança tu que eu fico assim
Porque eu estou que não me entendo
Não queiras saber de mim
Hoje não me recomendo
Amanhã eu sei já passa
Mas agora estou assim
Hoje perdi toda a graça
Não queiras saber de mim

Cavaleiro Andante




Porque sou o cavaleiro andante
Que mora no teu livro de aventuras
Podes vir chorar no meu peito
As mágoas e as desventuras

Sempre que o vento te ralhe
E a chuva de maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe

Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou

Sempre que a rádio diga
Que a américa roubou a lua
Ou que um louco te persiga
E te chame nomes na rua

Porque sou o que chega e conta
Mentiras que te fazem feliz
E tu vibras com histórias
De viagens que eu nunca fiz

Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau