Eu tou mais crescida...mas escusam de pensar que melhorei, porque a lua é o meu destino. Um degrau, de cada vez, sempre. Porque baralho sempre e não tenho emenda... é escusado. Nem com choques eléctricos... Também só mesmo assim posso saborear, aprendendo a ser sábia com a ajuda doce das fadas e duendes que me conhecem e amparam. Grata a quem me quer bem. Mil beijos e abraços(º_º)
O rio
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
Happy Valentine's Day - Feliz dia dos Namorados!
Já desfolhei malmequeres
à procura de ti.
Em jeito coquette, perguntava-lhes:
il m'aime, un peu, à la folie ou pas du tout...
(ele ama-me, um pouco, ternamente, loucamente, não me ama nem um pouco).
e torturei as flores em busca de certezas incertas...
Já cortei as folhas de hera
à procura de ti.
E lançava-as ao ar, depoir de perguntar:
quem por uma hera passou
e não cortou
eu por uma hera passei e cortei
diz-me ó hera, o .... gosta de mim ou não?
E se a folha verde escura e brilhante de viço
escolhesse cair para cima
o meu dia estava ganho.
Se teimasse em deixar.se de costas,
o olhar murchava
e por dentro eu dizia:
tola de hera, não sabe de nada...
Já olhei o céu
pedi à lua
implorei às estrelas
a deuses do mar, da terra do ar,
a fadas etéreas
em busca de ti
esqueci-me de mim...
nesta busca insana
desprogramei os sonhos
enxuguei as lágrimas
hoje constatei
que a ilusão engana
entorpece adormece
tolda o espírito
atrofia a alma
Não te busco mais...
sabes onde me achar
tenho-te em mim
basta respirar.
à procura de ti.
Em jeito coquette, perguntava-lhes:
il m'aime, un peu, à la folie ou pas du tout...
(ele ama-me, um pouco, ternamente, loucamente, não me ama nem um pouco).
e torturei as flores em busca de certezas incertas...
Já cortei as folhas de hera
à procura de ti.
E lançava-as ao ar, depoir de perguntar:
quem por uma hera passou
e não cortou
eu por uma hera passei e cortei
diz-me ó hera, o .... gosta de mim ou não?
E se a folha verde escura e brilhante de viço
escolhesse cair para cima
o meu dia estava ganho.
Se teimasse em deixar.se de costas,
o olhar murchava
e por dentro eu dizia:
tola de hera, não sabe de nada...
Já olhei o céu
pedi à lua
implorei às estrelas
a deuses do mar, da terra do ar,
a fadas etéreas
em busca de ti
esqueci-me de mim...
nesta busca insana
desprogramei os sonhos
enxuguei as lágrimas
hoje constatei
que a ilusão engana
entorpece adormece
tolda o espírito
atrofia a alma
Não te busco mais...
sabes onde me achar
tenho-te em mim
basta respirar.
Quando Ficares Velha
Quando ficares velha, grisalha e sonolenta
E te aqueceres à lareira, pega neste livro
E lê-o devagar, sonha com o olhar meigo
E com as sombras profundas outrora nos teus olhos;
Quantos amaram os teus momentos de feliz encanto
E a tua beleza com amor falso ou autêntico,
Além daquele homem que amou em ti a alma peregrina
E as tristezas que alteravam o teu rosto;
E curvando-te mais sobre a lareira ao rubro
Murmura, um pouco triste, como o Amor se foi
E caminhou sobre as montanhas lá no alto
E escondeu o rosto numa multidão de estrelas.
William Butler Yeats
Quando ficares velha, grisalha e sonolenta
E te aqueceres à lareira, pega neste livro
E lê-o devagar, sonha com o olhar meigo
E com as sombras profundas outrora nos teus olhos;
Quantos amaram os teus momentos de feliz encanto
E a tua beleza com amor falso ou autêntico,
Além daquele homem que amou em ti a alma peregrina
E as tristezas que alteravam o teu rosto;
E curvando-te mais sobre a lareira ao rubro
Murmura, um pouco triste, como o Amor se foi
E caminhou sobre as montanhas lá no alto
E escondeu o rosto numa multidão de estrelas.
William Butler Yeats
Escrito de memória
Formado em direito e solidão,
às escuras te busco enquanto a chuva brilha.
É verdade que olhas, é verdade que dizes.
Que todos temos medo e água pura.
A que deuses te devo, se te devo,
que espanto é este, se há razão pra ele?
Como te busco, então, se estás aqui,
ou, se não estás, por te quero tida?
Quais olhos e qual noite?
Aquela
em que estiveste por me dizeres o nome.
Não sei, amor, sequer, se te consinto
ou se te inventas, brilhas, adormeces
nas palavras sem carne em que te minto
a verdade intemida em que me esqueces.
Não sei, amor, se as lavas do vulcão
nos lavam, veras, ou se trocam tintas
dos olhos ao cabelo ou coração
de tudo e de ti mesma. Não que sintas
outra coisa de mais que nos feneça;
mas só não sei, amor, se tu não sabes
que sei de certo a malha que nos teça,
o vento que nos leves ou nos traves,
a mão que te nos dê ou te nos peça,
o princípio de sol que nos acabes.
Pedro Tamen (n. 1934)
Formado em direito e solidão,
às escuras te busco enquanto a chuva brilha.
É verdade que olhas, é verdade que dizes.
Que todos temos medo e água pura.
A que deuses te devo, se te devo,
que espanto é este, se há razão pra ele?
Como te busco, então, se estás aqui,
ou, se não estás, por te quero tida?
Quais olhos e qual noite?
Aquela
em que estiveste por me dizeres o nome.
Não sei, amor, sequer, se te consinto
ou se te inventas, brilhas, adormeces
nas palavras sem carne em que te minto
a verdade intemida em que me esqueces.
Não sei, amor, se as lavas do vulcão
nos lavam, veras, ou se trocam tintas
dos olhos ao cabelo ou coração
de tudo e de ti mesma. Não que sintas
outra coisa de mais que nos feneça;
mas só não sei, amor, se tu não sabes
que sei de certo a malha que nos teça,
o vento que nos leves ou nos traves,
a mão que te nos dê ou te nos peça,
o princípio de sol que nos acabes.
Pedro Tamen (n. 1934)
Seus olhos
Seus olhos - se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou -
Não tinham luz de brilhar,
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.
Divino, eterno! - e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, um só momento que a vi,
Queimar toda a alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.
Almeida Garrett (1799-1854)
Seus olhos - se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou -
Não tinham luz de brilhar,
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.
Divino, eterno! - e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, um só momento que a vi,
Queimar toda a alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.
Almeida Garrett (1799-1854)
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