O rio

O rio

quarta-feira, outubro 08, 2008

Refilona e acutilante

Quando era bem mais nova a minha mãe e o meu pai sempre me proibiram de responder. porque era feio, porque era deselegante e coisa e tal... cenas que hoje não encontro nos putos. A nina trepa todos os dias e não desiste de ter a última palavra. Mãe resmungona e chata, refreio a vontade de partir para a ignorância e rezingo sem avental nem lenço negro. É espectáculo que dura de manhã à noite sem cessar. Ela conquista terreno, eu, qual soldado que chega da guerra, lastimo e refilo mas baixo as guardas. O certo é que, por causa de muitas respostas mal dadas por mim, de injustiças cometidas à cega, por noites mal dormidas e dias inteiros de gente maluca a circundar, o exagero resultou nestes debates infinitos. O segredo ( lá vai o Apache dizer que é psique) é levar a coisa em lume brando e negociar. Mas quem não tem costela de Bush nas alturas menos propícias? Carneirona como sou, peço sempre que me orientem a mioleira, às minhas Fadas, Duendes e a Deus. ( Sim sou crente, mas não nas igrejas sumptuosas e nos cofres a abarrotar, onde a política mente e desmanda nas vidas alheias). Refilona e acutilante a nina, lá bem no fundo, ajuda-me a crescer, crescendo. Simbiose perfeita.

Quanto a gatos... tou tramada... as corridas são feitas de noite, quando cansaço entorpece o corpo e a mente tenta parar de pensar nas cenas do dia-a-dia. Sobem sofás, cadeiras e camas com uma agilidade estrondosa. Olham confiantes nos meus olhos, como que a dizer... olha... eu sou pequeno... queres quê? que me porte como um adulto? A bem dizer... não vale mesmo a pena a rezinguice... desisto. Haja paz e harmonia.

Biejocas larocas e boa semana para todos