O rio

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terça-feira, janeiro 29, 2008

Vida de gato

Há resmas de bués de tempo que eu não espreito o meu canto. Razão única: trabalhinho a tresandar de muito. A fama de que não se faz nada é para muitos, talvez para os que ganham bem melhor... mas enfim, falemos de outras coisas.

o gato cá de casa descobriu o seu lado macho, para mal dos meus pecados. Insiste em sair de casa, mia feito maluco, e nesta última semana parece que aprendeu a falar como gente. No silêncio de mais uma noite de cansaço, ouço na cozinha um miado que mais parecia um chamado tipo:
- Mãaaaaaaaaaaaaaaaaaaae.
Respondo pensando na nina:
- Sim???? Que é????
E o miado continua igual. Descubro o sacrista, à porta, prontinho para sair. Que estas coisas de ser gato, não necessitam de malas nem roupitas, e está-se sempre pronto para a partida. Dei comigo às voltas, dentro do pensamento baralhado: - Castro-o? Não o castro? E se se entusiasma com a Esmeralda? É nova de mais... e mais bocas????, mais areia.... mais gente em cima da cama? Mas castrar???? E depois se fica mais arisco... ele que é doce e calmo, não agride ninguém... entra na banheira para tomar conta da torneira e tentar perceber o mecanismo...
À noite, põe-se à porta da cozinha e mia:
- Vá láaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
- Nem penses! E depois, tornas-te num gato sujo... sei lá por onde andas?!
Abri-lhe a porta agora e nem sei se voltará, nem quando... é livre. Recordo a Declaração dos Direitos Humanos ( eheheheh, tou mesmo de cérebro cansado, não se nota?): Todo o Homem nasce igual, bla bla bla...
Mas na verdade estou inquieta. Por onde anda o meu pintor? Sei que quando voltar, pensarei e direi alto, novamente:
- Nunca mais te abro a porta!!!! Mas tenho este defeito de nem sempre cumprir as ameaças. Fazer o quê?
Espero que se comporte com dignidade. Lembrei-me agora que ainda me começa a trazer as gatas cá para casa... acho que estou a entrar em desespero. Vou castrá-lo na primeira oportunidade e pronto. Que seja o que tiver que ser...


Boa semana!