O rio

O rio

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Não castro! Mas...

O.K.

Descansem os machos unidos deste planeta. Não castrei o meu pintor...
Que se dane.... desde que a Esmeralda não pague o pato... as coisas ficam como estão.. até ver que isto de mudar de ideias também ocorre por aqui, não é só com aeroportos...

Mas vou levá-lo à manicure! Arranhou a nina ontem à noite no pescoço, mesmo pertinho de uma veia importante. É estúpido!!!!!! Pelo menos as unhas vai ter que perder. Quanto ao resto, a ver vamos!

Boa semana e beijocas larocas para todos
Corriam os dias
cinzentos ou azuis,
pouco interessa.
Porque nuns dias pintamos e noutros esborratamos com severidade.


Corriam os dias de uma vida
como o tal carrocel doido
quando o sorriso calmo entrou.

A cor dos dias afirmou-se
radiosa, brilhante
e o desejo de olhar,
saber de ti,
da tua presença
arranca de mim o ar quente de pulmão
saio de mim.

Querer-te bem
saber-te bem
basta-me para ser feliz.

Alicia Keys - No one

Roubei tempo ao tempo

Tântalo quis tudo e perdeu o que havia de melhor, passou a viver em Hades ( inferno dos gregos), "num vale abundante em vegetação e água, foi sentenciado a não poder saciar sua fome e sede, visto que, ao aproximar-se da água esta escoava e ao erguer-se para colher os frutos das árvores, os ramos moviam-se pra longe de seu alcance sob força do vento."
Wikipédia

Quantas vezes queremos ter na vida tudo arrumado, desde ideias a objectos, as contas, os adornos, as conversas, os papéis, as flores ... tudo.... Esquecemos o momento. Agora, sentada aqui, lembro-me dos dias que se passam sem dizer " Adoro-te! Gosto de ti, daqui até ao céu, à lua e mais além!", frase nossa, que se junta sempre a um abraço e um beijo. Tudo porque há papéis, coisas e prazos a cumprir, obstáculos completamente estapafúrdios que me consumiram tempo, boa disposição e me roubam o sorriso.

Estes dias serviram para mais degraus a percorrer. Num livro, emprestado por uma amiga, tropecei em sábias palavras que me dizem tantas vezes manas e amigas minhas, mas que teimo em deixar escapar porque me deixo envolver no redemoinho da vida tola e desregrada da burocracia e do laxismo que me enraivece e me deixa zonza, pronta a espingardar e libertar o nortenho que há em mim. No livro, dizia eu, saltou a sabedoria de aprender a viver o momento sem corridas. E há coisa de uns minutos atrás, um momento bom voltou. O colo e o abraço, a ternura e a paz instalou-se.


A escada da minha vida tem um degrau avassalador, imenso, que ainda não consegui transpor: - não correr! Andar. Ao correr não saboreio, e invento mais correrias ou motivos para isso. Tirei os dias para nós e descobri que andei a roubar tempo ao tempo para ter tempo para coisa nenhuma. Estou a repor, a refazer, a melhorar, espero eu...

Não quero ser Tântalo. Quero ser eu. Quero ter a calma necessária para viver o momento sem pressa nem desejo de saltar para um espaço que não conheço... one step at a time... degrau a degrau, como os passos sábios de criança pequena...

E a bêncão é cada vez maior... o amor grandioso.

Boa semana