O rio

O rio

sábado, março 29, 2008

Countdown...

Era fixolas se esta noite uma nave espacial descesse aqui.
Aposto que o extraterrestre que surgisse à porta seria simpático. De ar calmo e cores alegres, a lembrar Jamaica e Reggae, abriria os braços ( teria braços, porque um abraço é, por vezes bem melhor do que um beijo) e diria algo parecido com isto:
- Vem... Vais iniciar a tua viagem agora... Até aqui andaste zonza, meio perdida, à procura de ti. Agora não terás que te preocupar com nada. Ninguém te usará. Jamais haverá quem te bajule para obter de ti o que pretende. Ali ( e apontaria para um ponto estrelado, no infinito. E eu, como sempre, não o veria, porque é sempre assim, nunca vejo o que os outros conseguem ver, logo à partida, e não é miopia, pelo menos ocular), não há maldade. Ali podes rir e chorar sem ser mirada, ali podes dizer o que sentes sem que se riam de ti... Darás as voltas que deres, em torno de rotundas ( porque lá haveria rotundas, para não haver semáforos, porque lá não se esbanja energia), que ninguém achará estranho... porque é divertido. Não terás medo de ninguém porque os sorrisos são francos e ninguém te magoará com palavras sequer... E poderás sonhar acordada tudo o que quiseres... sem medo.


A nave não vai descer. O extraterrestre nunca poderá prometer isto. Por isso terei que aguentar esta contagem decrescente e dar um pulinho em frente, para um novo degrau... amanhã.





Mariah Carey - Hero

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