Já andam andorinhas pelo ar. O Godofredo e a esposa estão de novo no ninho. As flores teimam em manter as cores e a frescura... o sol hoje aqueceu um pouco e o cheiro a Verão e a leveza desperta a esperança em tempos melhores.
Brian Adams - Summer of 69
Eu tou mais crescida...mas escusam de pensar que melhorei, porque a lua é o meu destino. Um degrau, de cada vez, sempre. Porque baralho sempre e não tenho emenda... é escusado. Nem com choques eléctricos... Também só mesmo assim posso saborear, aprendendo a ser sábia com a ajuda doce das fadas e duendes que me conhecem e amparam. Grata a quem me quer bem. Mil beijos e abraços(º_º)
O rio
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
O seu... a seu dono
Andava irada, arisca e ... enfim. Ao receber por mail a imagem do artigo do post anterior chispei e tungas... lá fui eu de cabeça... típico de carneira. Mas dou a mão à palmatória e aqui fica o texto onde, depois, Inês Pedrosa explicou melhor o ponto de vista. Je m'excuse...anyway... mais uma prova provada de que nem sempre a comunicação social é clara e honesta. As minhas desculpas à escritora, pela minha explosão.
"OS PORTUGUESES confiam, acima de tudo, nos professores. E querem dar-lhes mais poder. A revelação surge numa sondagem feita pelo Instituto Gallup para o Fórum Económico Mundial - que aponta "os políticos" como os seres menos confiáveis. É natural. O ar do tempo está saturado de corrupção - da ilegítima, tradicional, e da legítima, pós-moderna. A população que vive a contar tostões, num país cujo primeiro-ministro usa a palavra "orgulho" para qualificar um salário mínimo de 426 euros, está, mais do que farta, exasperada com os ricos. E ricos são os políticos, que usam os lugares de serviço público como um estágio pré-remunerado para opíparos e vitalícios tachos em empresas privadas ou participadas pelo Estado. Ricos são os banqueiros, que têm garantidas reformas de milhões de euros, façam o que fizerem com as poupanças que lhes confiamos - e idem para o governador do Banco de Portugal e para os administradores das empresas públicas. Em Portugal, a média de salários é mais baixa do que na União Europeia (a começar por Espanha, onde uma nova vaga de emigrantes portugueses se instala agora), mas os salários mais altos excedem os similares da Suécia ou mesmo dos Estados Unidos da América - o que é, como se sabe, um grave indicador de subdesenvolvimento. O Governo pede ao povo que aperte mais um furo do cinto - e todos os dias, de cinto apertado, o povo assiste na televisão aos enredos amorosos entre a banca pública e privada ou entre a acção política e a administração das empresas dependentes dessa mesma política - histórias cujo final feliz é sempre o mesmo: o euromilhões dos poderosos e a subida do preço do leite (ou da gasolina, ou da dificuldade de acesso aos empréstimos bancários) para a arraia-miúda.
A população que resta no desvalido interior onde não chegam as auto-estradas (ou só chegam as auto-estradas) e que vê desaparecerem todos os serviços de saúde de proximidade em prol de ambulâncias supersónicas (mas sem médicos), não tem ânimo para confiar em mais promessas nem em mais doutores e engenheiros de Lisboa. Confia, e bem, nos professores - esses "setôres" mal pagos e mal tratados que procuram meter qualquer coisa de futuro na cabeça dos meninos, em escolas às quais os computadores do choque tecnológico chegam primeiro do que os aquecimentos e os ginásios.
Claro que há professores e professores - é assim em todas as profissões. Ensinar não é fácil, exige vocação - e sabemos a que ponto as vocações andam perdidas no turvo oceano do numerus clausus e do desemprego. Acresce que as reformas da Educação têm sido tantas, tão frustres e contraditórias, que a quantidade de professores efectivamente cultos e empenhados que temos é ainda um milagre. A autoridade dos professores foi, ao longo das últimas décadas, sujeita a tratos de polé, enquanto os direitos dos alunos cresceram de uma forma tão avassaladora que se viraram contra eles mesmos: podendo tudo, não aprendem nada.
"Aquilo na Wikipédia está tudo tão bem escrito que não vale a pena nós mudarmos nada", declarava ao jornal "Público" (26.1.2008), entre risos, uma jovem de 14 anos. Assim se vê o esplendor do choque tecnológico - para quê ler o padre António Vieira (cujo quarto centenário se celebra, embora quase ninguém dê por isso, no próximo dia 6), quando a sua vida e obra se encontram tão bem resumidinhas na Internet? Cópias de artigos da Net (com hiperligações e tudo) é o que encontram os escritores portugueses que ainda se disponibilizam a ir às escolas para estimular os meninos que, supostamente, estão a estudar as suas obras.
Há excepções - mas são isso mesmo, excepções, e sempre desconsideradas. Porque a autoridade dos professores não se repõe à força, com directores autocráticos substituindo os conselhos directivos das escolas. Repõe-se promovendo uma cultura de responsabilidade e consequência - essa que desapareceu quando, em vez de escolas autónomas, passámos a ter "agrupamentos escolares" e, antes disso ainda, quando os programas escolares se vergaram ao "sentido lúdico" e aos supostos "interesses" dos alunos.
Há tempos, o, entretanto defunto, jornal "Tal e Qual" perguntou-me se os péssimos resultados escolares das crianças portuguesas significavam que elas eram mais burras do que as crianças do resto da Europa, ou se a culpa era dos professores. Respondi que as nossas crianças são iguais às outras, e que me parecia que a culpa era, por esta ordem, dos programas do Ministério da Educação, que, além de maus, estão sempre a mudar, e nalguns casos certamente, também, dos professores - que não têm sido incentivados, nem material nem espiritualmente, a melhorar o seu trabalho, antes pelo contrário. O "Tal e Qual" resumiu estes dizeres numa linha, que fazia dos professores os maus da fita. Seguiu-se uma campanha furiosa na Internet, exortando as escolas a que desaconselhassem os meus livros, promovida por professores leitores do "Tal e Qual" - e, pelos vistos, não do Expresso.
Pelo menos, os portugueses sabem que é na qualidade da Educação que se encontra a chave do desenvolvimento do país. E que não há computador que compense a falta de um bom professor."
Inês Pedrosa
In: http://clix.expresso.pt/
"OS PORTUGUESES confiam, acima de tudo, nos professores. E querem dar-lhes mais poder. A revelação surge numa sondagem feita pelo Instituto Gallup para o Fórum Económico Mundial - que aponta "os políticos" como os seres menos confiáveis. É natural. O ar do tempo está saturado de corrupção - da ilegítima, tradicional, e da legítima, pós-moderna. A população que vive a contar tostões, num país cujo primeiro-ministro usa a palavra "orgulho" para qualificar um salário mínimo de 426 euros, está, mais do que farta, exasperada com os ricos. E ricos são os políticos, que usam os lugares de serviço público como um estágio pré-remunerado para opíparos e vitalícios tachos em empresas privadas ou participadas pelo Estado. Ricos são os banqueiros, que têm garantidas reformas de milhões de euros, façam o que fizerem com as poupanças que lhes confiamos - e idem para o governador do Banco de Portugal e para os administradores das empresas públicas. Em Portugal, a média de salários é mais baixa do que na União Europeia (a começar por Espanha, onde uma nova vaga de emigrantes portugueses se instala agora), mas os salários mais altos excedem os similares da Suécia ou mesmo dos Estados Unidos da América - o que é, como se sabe, um grave indicador de subdesenvolvimento. O Governo pede ao povo que aperte mais um furo do cinto - e todos os dias, de cinto apertado, o povo assiste na televisão aos enredos amorosos entre a banca pública e privada ou entre a acção política e a administração das empresas dependentes dessa mesma política - histórias cujo final feliz é sempre o mesmo: o euromilhões dos poderosos e a subida do preço do leite (ou da gasolina, ou da dificuldade de acesso aos empréstimos bancários) para a arraia-miúda.
A população que resta no desvalido interior onde não chegam as auto-estradas (ou só chegam as auto-estradas) e que vê desaparecerem todos os serviços de saúde de proximidade em prol de ambulâncias supersónicas (mas sem médicos), não tem ânimo para confiar em mais promessas nem em mais doutores e engenheiros de Lisboa. Confia, e bem, nos professores - esses "setôres" mal pagos e mal tratados que procuram meter qualquer coisa de futuro na cabeça dos meninos, em escolas às quais os computadores do choque tecnológico chegam primeiro do que os aquecimentos e os ginásios.
Claro que há professores e professores - é assim em todas as profissões. Ensinar não é fácil, exige vocação - e sabemos a que ponto as vocações andam perdidas no turvo oceano do numerus clausus e do desemprego. Acresce que as reformas da Educação têm sido tantas, tão frustres e contraditórias, que a quantidade de professores efectivamente cultos e empenhados que temos é ainda um milagre. A autoridade dos professores foi, ao longo das últimas décadas, sujeita a tratos de polé, enquanto os direitos dos alunos cresceram de uma forma tão avassaladora que se viraram contra eles mesmos: podendo tudo, não aprendem nada.
"Aquilo na Wikipédia está tudo tão bem escrito que não vale a pena nós mudarmos nada", declarava ao jornal "Público" (26.1.2008), entre risos, uma jovem de 14 anos. Assim se vê o esplendor do choque tecnológico - para quê ler o padre António Vieira (cujo quarto centenário se celebra, embora quase ninguém dê por isso, no próximo dia 6), quando a sua vida e obra se encontram tão bem resumidinhas na Internet? Cópias de artigos da Net (com hiperligações e tudo) é o que encontram os escritores portugueses que ainda se disponibilizam a ir às escolas para estimular os meninos que, supostamente, estão a estudar as suas obras.
Há excepções - mas são isso mesmo, excepções, e sempre desconsideradas. Porque a autoridade dos professores não se repõe à força, com directores autocráticos substituindo os conselhos directivos das escolas. Repõe-se promovendo uma cultura de responsabilidade e consequência - essa que desapareceu quando, em vez de escolas autónomas, passámos a ter "agrupamentos escolares" e, antes disso ainda, quando os programas escolares se vergaram ao "sentido lúdico" e aos supostos "interesses" dos alunos.
Há tempos, o, entretanto defunto, jornal "Tal e Qual" perguntou-me se os péssimos resultados escolares das crianças portuguesas significavam que elas eram mais burras do que as crianças do resto da Europa, ou se a culpa era dos professores. Respondi que as nossas crianças são iguais às outras, e que me parecia que a culpa era, por esta ordem, dos programas do Ministério da Educação, que, além de maus, estão sempre a mudar, e nalguns casos certamente, também, dos professores - que não têm sido incentivados, nem material nem espiritualmente, a melhorar o seu trabalho, antes pelo contrário. O "Tal e Qual" resumiu estes dizeres numa linha, que fazia dos professores os maus da fita. Seguiu-se uma campanha furiosa na Internet, exortando as escolas a que desaconselhassem os meus livros, promovida por professores leitores do "Tal e Qual" - e, pelos vistos, não do Expresso.
Pelo menos, os portugueses sabem que é na qualidade da Educação que se encontra a chave do desenvolvimento do país. E que não há computador que compense a falta de um bom professor."
Inês Pedrosa
In: http://clix.expresso.pt/
domingo, fevereiro 24, 2008
Nem sei bem... pra que lado me vire...
Pois, ao fim de uma semana de loucura e desgaste no trabalhito, decidi arrumar a casa e pôr-me de papo para o ar. O problema aqui é a inversão de papéis e de personalidades: acabo sempre por baixo de todos... Se me estico ao comprido a gata escolhe o pescoço, a cadela o ombro direito. Com o braço esquerdo seguro o cão e o gato vai andando por cima de tudo como um todo terreno maluco, ora a correr ora devagarinho.
Tem dias que apetece fazer a mala e zarpar, ou deitar-me no tapete. Mas aposto que ia a procissão toda a trás, se me decidisse pelo rés-do-chão do palacete... :) ( a segunda opção, para quem estiver desatento) What a translation!!!!
Estão vacinados, incrivelmente lindos, mas chatos como a carraça... Há dois dias o monitor acabou por ficar com as imagens deitadas, porque a gata se lembrou de deitar em cima do teclado... O tempo que levei para pôr tudo no sítio, de pescoço torcido, que cena triste... cena e sina...
anyway, hoje, com o espírito mais descansado, decidi slatar por cá, dar um alô, mandar beijocas e , meanwhile, recebo um mail interessante. Deixo a imagem e apenas esta mensagem para Inês Pedrosa:
Caríssima Srª. Dª. Inês ,
saiba v/ Exa. que também não a creio muito trabalhadora. Em todo o caso, tem uma vantagem, aparece em público mais vezes do que eu. Como V/ Exa. tem tempo, de resto, para criticar, qual tuga, alardeando ares de pessoa entendida, apraz-me dizer-lhe que de facto, tem razão. Os professores são os culpados, sim, porque permitiram que muitos dos cidadãos deste país passassem a alvitrar sobre uma profissão e profissionais sérios; são culpados porque permitiram que pessoas como V/ Exa. deploravelmente mínimos, inflem quais pavões apenas para dizer mal. e afinal... dizer mal custa tão pouco, não é?
Boa semana e beijocas larocas para as pessoas sádias!
Tem dias que apetece fazer a mala e zarpar, ou deitar-me no tapete. Mas aposto que ia a procissão toda a trás, se me decidisse pelo rés-do-chão do palacete... :) ( a segunda opção, para quem estiver desatento) What a translation!!!!
Estão vacinados, incrivelmente lindos, mas chatos como a carraça... Há dois dias o monitor acabou por ficar com as imagens deitadas, porque a gata se lembrou de deitar em cima do teclado... O tempo que levei para pôr tudo no sítio, de pescoço torcido, que cena triste... cena e sina...
anyway, hoje, com o espírito mais descansado, decidi slatar por cá, dar um alô, mandar beijocas e , meanwhile, recebo um mail interessante. Deixo a imagem e apenas esta mensagem para Inês Pedrosa:
Caríssima Srª. Dª. Inês ,
saiba v/ Exa. que também não a creio muito trabalhadora. Em todo o caso, tem uma vantagem, aparece em público mais vezes do que eu. Como V/ Exa. tem tempo, de resto, para criticar, qual tuga, alardeando ares de pessoa entendida, apraz-me dizer-lhe que de facto, tem razão. Os professores são os culpados, sim, porque permitiram que muitos dos cidadãos deste país passassem a alvitrar sobre uma profissão e profissionais sérios; são culpados porque permitiram que pessoas como V/ Exa. deploravelmente mínimos, inflem quais pavões apenas para dizer mal. e afinal... dizer mal custa tão pouco, não é?
Boa semana e beijocas larocas para as pessoas sádias!
domingo, fevereiro 17, 2008
Alicia Keys - No one
Haverá melhor altura da vida que a da paixão... absorve-nos energia e emana de cada poro... o corpo torna-se leve e a alma grande. Ver-te renova energias... mesmo que disso não passe.... a vida fica colorida, até nos dias mais cinzentos... e, como diz a música... tudo pode acontecer mas ninguém oderá tirar-me este sentimento, esta força, este sopro de amor... é... estar vivo!
A transparência é .... chata
"Os olhos são espelho da alma", li isto algures, há tempos remotos, de remoto antigo mesmo... sem pilhas nem botões ( isto é desconversar puro).
Os dias passam a correr e os olhos cruzam-se acompanhados de sorriso... doce mais doce que um São Marcos gelado, cheíiiinho de creme....
As zangas surgem sem qualquer aviso e por muito que esforce, o trombil mostra o que sinto a cada instante.
-Devia fazer um retiro espiritual... - disse eu, uma vez, num almoço...
- Não te metas nisso... - atalhou logo alguém...
Talvez um curso de teatro.... aprender a disfarçar....não expressar sentimentos... observar apenas.... aqui estão degraus que temnho que subir em breve... Apetece-me dizer que prefiro ficar neste degrau... não me sinto com forças para... fingir...anyway...
Aqui fica uma das minhas preferidas da cantora....
Mil beijocas larocas e uma semana curta para não cansar ninguém.
Colbie Calliat - Bubbly
Os dias passam a correr e os olhos cruzam-se acompanhados de sorriso... doce mais doce que um São Marcos gelado, cheíiiinho de creme....
As zangas surgem sem qualquer aviso e por muito que esforce, o trombil mostra o que sinto a cada instante.
-Devia fazer um retiro espiritual... - disse eu, uma vez, num almoço...
- Não te metas nisso... - atalhou logo alguém...
Talvez um curso de teatro.... aprender a disfarçar....não expressar sentimentos... observar apenas.... aqui estão degraus que temnho que subir em breve... Apetece-me dizer que prefiro ficar neste degrau... não me sinto com forças para... fingir...anyway...
Aqui fica uma das minhas preferidas da cantora....
Mil beijocas larocas e uma semana curta para não cansar ninguém.
Colbie Calliat - Bubbly
Secretariozecos
Pois... eu estava calada há tempo... à espera que a coisa finalmente encarreirasse... com o firme desejo de que, num golpe de sabedoria extra, de humildade extrema, de subtileza e abandono de prepotências, o nosso governo se encontrasse e visse que mudar regras de jogo a meio de um ano escolar é estúpido, que ameaçar profs com despedimentos e continua perseguição a esta classe é digna de ditadores cretinos e acéfalos.
Quis o tempo que eu me despisse de sonhos e caísse finalmente na realidade... são acéfalos e continuarão a sê-lo, enquanto estiverem confortavelmente sentados num poleiro com maioria parlamentar cega que nem toupeiras.... O cómico disto é que mesmo sem concordarem, os deputados baixam a tola e de reverência em reverência a coisa vai sendo despachada e imposta.
Srª. ministra, eu não tenho medo de ser avaliada... sempre o fui, diariamente por colegas e alunos em 16 anos de serviço. Sempre o fui em 17 anos de estudo. Sempre o fui enquanto cidadã cumpridora das leis deste país. Sempre o fui enquanto mãe. Sou avaliada em todos os sentidos e nunca p temi.
Ser avaliada por um ministério que me chama de professorazeca é que não está com nada. É que talvez não saiba v/ Exa. mas em termos de produtividade e preparação de mentes saudáveis só mesmo os profs. são eficientes.
A Srª e o seu séquito vão destruindo, a cada dia que passa, o desejo de vencer dos meus alunos, o interesse em estar na escola, segunda casa de todos nós... saiba v. Exa que os secretariozecos que a bajulam não passam disso. A vossa prepotência e maldade contra seres humanos, pois não se trata de nada mais do que isso mesmo, está a incluir quer queiram quer não pais e alunos, famílias inteiras.
O governo português destrói, diariamente cada família, com desemprego, má educação e desprezo pela nossa saúde.
Saibam v. Exas. de que poderão aniquilar um povo, mas apenas fisicamente. Na nossa mente nunca tocarão. E continuaremos, nem que seja em grutas escuras, dos morros, a ensinar a bondade e a partilhar sabedoria com os mais jovens e os mais velhos. Nunca chegarão aos calcanhares de quem partilha generosamente o que aprende. Aqueles que v. exas teimam em perseguir e chacinar. Serei avaliada em condições absurdas, anualmente. Pena é que não possamos fazê-lo com o v. governo e ainda falta muito para chegarmos a um momento final
Lamentavelmente ficarão conhecidos na nossa História como a nódoa.
Quis o tempo que eu me despisse de sonhos e caísse finalmente na realidade... são acéfalos e continuarão a sê-lo, enquanto estiverem confortavelmente sentados num poleiro com maioria parlamentar cega que nem toupeiras.... O cómico disto é que mesmo sem concordarem, os deputados baixam a tola e de reverência em reverência a coisa vai sendo despachada e imposta.
Srª. ministra, eu não tenho medo de ser avaliada... sempre o fui, diariamente por colegas e alunos em 16 anos de serviço. Sempre o fui em 17 anos de estudo. Sempre o fui enquanto cidadã cumpridora das leis deste país. Sempre o fui enquanto mãe. Sou avaliada em todos os sentidos e nunca p temi.
Ser avaliada por um ministério que me chama de professorazeca é que não está com nada. É que talvez não saiba v/ Exa. mas em termos de produtividade e preparação de mentes saudáveis só mesmo os profs. são eficientes.
A Srª e o seu séquito vão destruindo, a cada dia que passa, o desejo de vencer dos meus alunos, o interesse em estar na escola, segunda casa de todos nós... saiba v. Exa que os secretariozecos que a bajulam não passam disso. A vossa prepotência e maldade contra seres humanos, pois não se trata de nada mais do que isso mesmo, está a incluir quer queiram quer não pais e alunos, famílias inteiras.
O governo português destrói, diariamente cada família, com desemprego, má educação e desprezo pela nossa saúde.
Saibam v. Exas. de que poderão aniquilar um povo, mas apenas fisicamente. Na nossa mente nunca tocarão. E continuaremos, nem que seja em grutas escuras, dos morros, a ensinar a bondade e a partilhar sabedoria com os mais jovens e os mais velhos. Nunca chegarão aos calcanhares de quem partilha generosamente o que aprende. Aqueles que v. exas teimam em perseguir e chacinar. Serei avaliada em condições absurdas, anualmente. Pena é que não possamos fazê-lo com o v. governo e ainda falta muito para chegarmos a um momento final
Lamentavelmente ficarão conhecidos na nossa História como a nódoa.
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
Um estilo de vida
A mania que temos de correr contra o tempo, que é nosso, tira-nos a firmeza do sorriso, a vontade de saborear o tempo com os amigos, tudo porque os prazos de uma onda gigante de outra multidão insana nos agarra e sorve, como um redemoinho gigante.
Hoje, um dia de capicua, (dei-me conta pela manhã), pensei que seria terrível, cheio de periécias, como se não estivesse habituada a elas...
Uma amiga passou cabisbaixa, raro nela, e abordei-a. O meu tempo e o dela pararam. Desfeita em lágrimas partilhou a dor de alguém que tem parente em perigo, porque aquela maldita doença que avassala depois de se fazer notar se agarrou a uma filha.
Torna-se impossível acalmar a dor de alguém assim... as palavras ou o abraço fraterno não iviam em nada e a raiva cresce surda dentro de nós... Por que raio tem que ser assim e não de outra maneira, caramba?
Dei-me conta que o tempo aqui é estupendamente atrofiante. Ou a noção que dele temos. É uma nuvem negra que passa, nos sacode e maltrata, esta da notícia má. E uma vez dentro dela, o tempo parece não passar, esperamos notícias de confirmação preferencialmente negativa... e o tempo teima em não andar... tudo nos consome...nos desgasta... o sentimento de impotência cresce em nós e desarranja tudo o que temos e somos. Uma vez passada a nuvem, olhamos para trás e o nosso tempo, aquele mesmo que se parecia com eternidade passa, de repente , a ser minúsculo, quando a notícia má cai por terra e a esperança volta a brilhar.
Desejo que esta amiga possa encontrar a paz e a força para passar por esta nuvem.
Bom fim-de-semana com beijocas larocas para todos
Hoje, um dia de capicua, (dei-me conta pela manhã), pensei que seria terrível, cheio de periécias, como se não estivesse habituada a elas...
Uma amiga passou cabisbaixa, raro nela, e abordei-a. O meu tempo e o dela pararam. Desfeita em lágrimas partilhou a dor de alguém que tem parente em perigo, porque aquela maldita doença que avassala depois de se fazer notar se agarrou a uma filha.
Torna-se impossível acalmar a dor de alguém assim... as palavras ou o abraço fraterno não iviam em nada e a raiva cresce surda dentro de nós... Por que raio tem que ser assim e não de outra maneira, caramba?
Dei-me conta que o tempo aqui é estupendamente atrofiante. Ou a noção que dele temos. É uma nuvem negra que passa, nos sacode e maltrata, esta da notícia má. E uma vez dentro dela, o tempo parece não passar, esperamos notícias de confirmação preferencialmente negativa... e o tempo teima em não andar... tudo nos consome...nos desgasta... o sentimento de impotência cresce em nós e desarranja tudo o que temos e somos. Uma vez passada a nuvem, olhamos para trás e o nosso tempo, aquele mesmo que se parecia com eternidade passa, de repente , a ser minúsculo, quando a notícia má cai por terra e a esperança volta a brilhar.
Desejo que esta amiga possa encontrar a paz e a força para passar por esta nuvem.
Bom fim-de-semana com beijocas larocas para todos
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
Não castro! Mas...
O.K.
Descansem os machos unidos deste planeta. Não castrei o meu pintor...
Que se dane.... desde que a Esmeralda não pague o pato... as coisas ficam como estão.. até ver que isto de mudar de ideias também ocorre por aqui, não é só com aeroportos...
Mas vou levá-lo à manicure! Arranhou a nina ontem à noite no pescoço, mesmo pertinho de uma veia importante. É estúpido!!!!!! Pelo menos as unhas vai ter que perder. Quanto ao resto, a ver vamos!
Boa semana e beijocas larocas para todos
Descansem os machos unidos deste planeta. Não castrei o meu pintor...
Que se dane.... desde que a Esmeralda não pague o pato... as coisas ficam como estão.. até ver que isto de mudar de ideias também ocorre por aqui, não é só com aeroportos...
Mas vou levá-lo à manicure! Arranhou a nina ontem à noite no pescoço, mesmo pertinho de uma veia importante. É estúpido!!!!!! Pelo menos as unhas vai ter que perder. Quanto ao resto, a ver vamos!
Boa semana e beijocas larocas para todos
Corriam os dias
cinzentos ou azuis,
pouco interessa.
Porque nuns dias pintamos e noutros esborratamos com severidade.
Corriam os dias de uma vida
como o tal carrocel doido
quando o sorriso calmo entrou.
A cor dos dias afirmou-se
radiosa, brilhante
e o desejo de olhar,
saber de ti,
da tua presença
arranca de mim o ar quente de pulmão
saio de mim.
Querer-te bem
saber-te bem
basta-me para ser feliz.
cinzentos ou azuis,
pouco interessa.
Porque nuns dias pintamos e noutros esborratamos com severidade.
Corriam os dias de uma vida
como o tal carrocel doido
quando o sorriso calmo entrou.
A cor dos dias afirmou-se
radiosa, brilhante
e o desejo de olhar,
saber de ti,
da tua presença
arranca de mim o ar quente de pulmão
saio de mim.
Querer-te bem
saber-te bem
basta-me para ser feliz.
Roubei tempo ao tempo
Tântalo quis tudo e perdeu o que havia de melhor, passou a viver em Hades ( inferno dos gregos), "num vale abundante em vegetação e água, foi sentenciado a não poder saciar sua fome e sede, visto que, ao aproximar-se da água esta escoava e ao erguer-se para colher os frutos das árvores, os ramos moviam-se pra longe de seu alcance sob força do vento."
Wikipédia
Quantas vezes queremos ter na vida tudo arrumado, desde ideias a objectos, as contas, os adornos, as conversas, os papéis, as flores ... tudo.... Esquecemos o momento. Agora, sentada aqui, lembro-me dos dias que se passam sem dizer " Adoro-te! Gosto de ti, daqui até ao céu, à lua e mais além!", frase nossa, que se junta sempre a um abraço e um beijo. Tudo porque há papéis, coisas e prazos a cumprir, obstáculos completamente estapafúrdios que me consumiram tempo, boa disposição e me roubam o sorriso.
Estes dias serviram para mais degraus a percorrer. Num livro, emprestado por uma amiga, tropecei em sábias palavras que me dizem tantas vezes manas e amigas minhas, mas que teimo em deixar escapar porque me deixo envolver no redemoinho da vida tola e desregrada da burocracia e do laxismo que me enraivece e me deixa zonza, pronta a espingardar e libertar o nortenho que há em mim. No livro, dizia eu, saltou a sabedoria de aprender a viver o momento sem corridas. E há coisa de uns minutos atrás, um momento bom voltou. O colo e o abraço, a ternura e a paz instalou-se.
A escada da minha vida tem um degrau avassalador, imenso, que ainda não consegui transpor: - não correr! Andar. Ao correr não saboreio, e invento mais correrias ou motivos para isso. Tirei os dias para nós e descobri que andei a roubar tempo ao tempo para ter tempo para coisa nenhuma. Estou a repor, a refazer, a melhorar, espero eu...
Não quero ser Tântalo. Quero ser eu. Quero ter a calma necessária para viver o momento sem pressa nem desejo de saltar para um espaço que não conheço... one step at a time... degrau a degrau, como os passos sábios de criança pequena...
E a bêncão é cada vez maior... o amor grandioso.
Boa semana
Wikipédia
Quantas vezes queremos ter na vida tudo arrumado, desde ideias a objectos, as contas, os adornos, as conversas, os papéis, as flores ... tudo.... Esquecemos o momento. Agora, sentada aqui, lembro-me dos dias que se passam sem dizer " Adoro-te! Gosto de ti, daqui até ao céu, à lua e mais além!", frase nossa, que se junta sempre a um abraço e um beijo. Tudo porque há papéis, coisas e prazos a cumprir, obstáculos completamente estapafúrdios que me consumiram tempo, boa disposição e me roubam o sorriso.
Estes dias serviram para mais degraus a percorrer. Num livro, emprestado por uma amiga, tropecei em sábias palavras que me dizem tantas vezes manas e amigas minhas, mas que teimo em deixar escapar porque me deixo envolver no redemoinho da vida tola e desregrada da burocracia e do laxismo que me enraivece e me deixa zonza, pronta a espingardar e libertar o nortenho que há em mim. No livro, dizia eu, saltou a sabedoria de aprender a viver o momento sem corridas. E há coisa de uns minutos atrás, um momento bom voltou. O colo e o abraço, a ternura e a paz instalou-se.
A escada da minha vida tem um degrau avassalador, imenso, que ainda não consegui transpor: - não correr! Andar. Ao correr não saboreio, e invento mais correrias ou motivos para isso. Tirei os dias para nós e descobri que andei a roubar tempo ao tempo para ter tempo para coisa nenhuma. Estou a repor, a refazer, a melhorar, espero eu...
Não quero ser Tântalo. Quero ser eu. Quero ter a calma necessária para viver o momento sem pressa nem desejo de saltar para um espaço que não conheço... one step at a time... degrau a degrau, como os passos sábios de criança pequena...
E a bêncão é cada vez maior... o amor grandioso.
Boa semana
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