O rio

O rio

quarta-feira, setembro 12, 2007

Um dia em cheio

Trabalhar de noite a mim rende-me mais. a Nina dorme, os cães dormem e os gatos... dormem. Esses mafarricos dormem dia e noite. Acordam, comem, fazem o xixi e o cocó e toca a dormir tra vex. umas vezes por outras lá me dão a dor de cabeça infernal. terei que seguir a dica da minha amiga Laumalai e comprar-lhes um w.c. com capota.. Para quem não sabes, há caixas próprias para o asseio dos felinos. e areia. eu é que não sabia que os meus felinos sofriam de personalidade atrofiantemente alternadeira e que, uma vez em situação de micção e defecação desatavam a escavar que nem retroescavadoras alucinadas e tresloucadas. Não há dia em que, pelo menos três vezes, não tenha que aspirar arei. para não falar nos azulejos do meu w.c. que de brancos, volta e meia deixam a desejar. É que o Miró, que bem lhe assenta o nome, ao tapar insessante e cuidadosamente, diria escrupulosamente, os dejectos sólidos, volta e meia desequilibra-se e ....pata em cima. Depois, como se sente desconfortável com o "guache" ou "acrílico" agarrado à pata, vá de sacudir. No dia em que olhei pela primeira vez os azulejos num estado pictórico lastimoso, fiquei a pensar de mim pra que mim, como raio aquilo havia acontecido. até o apanhar em flagrante. agora, sempre que a fera se prepara para tapar buracos, levanto-o pelo cachaço e limpo eu a areia... para não triplicar limpezas depois. não sei que pensará o desgraçado que depois volta ao local do crime e lá começa a tapar a areia cuidadosamnete, mas sem a fúriaque teria se lá ainda houvesse alguma coisa... Enfim...


quis hoje o destino eheheheheh que a coisa fosse mais dolorosa para mim. há dois anos atrás, diagnostiquei no cachorroproblemas de personalidade, quando dei com ele sentado à mesa, com a travessa de borrego assado na frente. consegui resolver o problema a bem... hoje pedincha a meu lado só com os olhos, fincando-me as patas dianteiras nas coxas... Mas não ladra, o que é bestialmente fabuloso. é que a irmã, mais nova um ano, tresloucada e voadora, finca as patas e ladra, do lado contrário ao dele. Chego a sentir-me um galheteiro...

contava eu que hoje me deixei embalar no mar. A água estava fabulosa. Quente e doce. Doce de meiga. A nina farta-se de nadar e mergulhar e eu saboreio segundo a segundo. Vê-la crescer feliz é simplesmente estupendo.. Envoltas nas toalhas, a olhar o mar apreciámos um casal com cerca de sessenta a setenta anos. Ele segurava a senhora pelos braços, ela dentro de água, de barriga para o ar, movia com lentidão deliciosa as pernas, como um pai seguraria a filha, nos primeiros dias de água. E lentamente ele andava dentro de água, sorrindo com uma ternura belíssima. Emocionei-me:
- Que belo! Aquilo é amor, B. Repara no carinho com que o senhor segura a senhora... como eu adorava ver o avô a fazer isto à avó. A confiança que ela sente ao deixar-se agarrar daquela forma e saber que ele não a largará nunca... Lindo...

A Nina sorriu e amou o momento tal como eu...
Os corações encheram-se de paz. comemos o nosso pão com doce de tomate, e jogámos ao Uno. escusado será dizer que perdi e perco sempre. Excepto quando fao batota e para isso só com a ajuda e cumplicidade das minhas manas B. e J. ( beijo grande para ambas, barrado de saudade e ternura).

Voltámos cedo, embora o sol estivesse quente e me sentisse docemente embalada. Quase adormeci...
Houve ginástica e risota, até me aperceber que o céu se pintava de cinzento chumbo, e o sol se encolerizava com aquela cor... senti a alma a ser apertada. detesto o tempo de trovões... Prefiro mil vezes a chuva e o vento... Trovões não... pelise. Corremos para casa e as lanternas foram postas à mão, com ansiedade... A nina, por culpa minha que mostrei o meu medo, queria por força apagar tudo quanto era luz.... a cada sítio onde ia tropeçava nela e na mão dela, no interruptor, qual polícia cioso da sua tarefa. resmunguei por não encontrar as lanternas... servem sempre para brincar quando não há trovoada.


O jantar foi rápido e insípido ao som dos trões e vislumbrar dos clarões a rasgar os céus... Espectáculo belo, aceito. Mas que a mim me mete medo...
E foi depois de máquina a lavar, agarrar em papelada, que, a certa altura ouço os garfos... ninguém estava na cozinha... ninguém eu e a nina e os cães...respeitadores de algumas regras...

Sorrateira, dirigi-me ao local do crime e apanhei os dois felinos num banquete. culpa minha... assado outra vez... que sorte macaca... esqueci-me que agora estes dois já trepam a tudo e que, como gatos quesão, "roubarão" sempre qualquer petisco que esteja à mão... hei-de sofrer amargamente com as minhas distracções e a maneira parva de pensar que eles são bonzinhos e não farão tal coisa. Isto está a começar a aquecer por cá. Quando eu gritar não se assustem!!! tudo começa a ser normal...


Boa quarta

3 comentários:

Dragão Azul disse...

Ainda bem que tiveste um bom feriado e uma ida á peraia faz sempre bem se não for mais para respirar o ar do mar que a mim me faz muito bem.

Quantos aos gatinhos,... coitadinhos sempre cheios de fome e sempre á procura de comida, nimguém lhes dá de comer, nimguém tem pena deles e que eles encontram para comer, comem e como o que vem á rede é peixe.... (neste caso era assado)... eheheheheheheheheheheh

Boa Quarta.

cris disse...

Dragãooooooooooooooooooooooo!!!! Ai a nha bida. Na levantes falsos testemunhos... estes gajos comemmais que eu e a nina juntas.... Ainda ontem eu disse que se deviam chamar Garfields aos dois e ainda nem tinham feito este ataque à mesa. Irrita-me isto de agora ter que esconder tudo. hoje tinha uma caixa de cotonetes espalhada pelo chão bolas... Também não é justio Imagina se lhes dá para brincar às passereles...

Anónimo disse...

Fazes falta na Casa ...
Ass. fã nº. 2 ou 3 [deixo o 1º para a petenita e o 2º para alguém/um outro, por simpatia, já que, na verdade, sou mesmo fã ;)]
Jinhos