Tenho a sensação, (que me enoja imenso), de que os governantes não passam de putos crescidos a quem ninguém deixou, no tempo certo, brincar com os soldadinhso de chumbo e com as bailarinas.
Ao ler por aí fora, nos blogs e nos jornais, e ao ouvir na TV ou na rádio, vou-me dando conta de que de uma forma geral, que na Europa há meia dúzia de ratos que se agarram ao pedaço e puxa cada um para seu lado.
O fim último que deveria reger quem governa deveria ser o bem-estar do seu povo.
Observe-se Portugal:
1º - Fecharam-se hospitais, com a desculpa de que não se rentabilizava, e se apetrechariam melhor os que ficassem abertos.
A ser verdade que o povo ganharia com a medida ( que não é!!!!!!!!) primeiro apetrechavam-se os que ficassem abertos e depois fechava-se o que se fechou. Nada disso foi feito. Resultado: nascem bebés na estrada, a caminho do hospital, em ambulâncias que nada têm a ver com as das séries americanas da TV, tipo Serviços de Urgência e coisa assim. Não irmos numa carroça, é sorte. Mas que a maior parte é já de aparência duvidosa, é! Morrem pessoas a caminho da lonjura onde se crê estar a assistência de que precisam.
A articulação com o INEM e a resposta rápida de médicos no local está desorganizada e nem sempre enviam os médicos porque quem decide a gravidade da situação está a kilhómetros de distância, mas tem essa capacidade.
Há tempos, numa via rápida ( à entrada, nos chamados nós de acesso), estava um pedaço de betão armado, dos lancis, provavelmente caído de camião, no meio das duas faixas de rodagem. Preocupada liguei ao 112. Uma pessoa não conta com objectos daqueles, ainda por cima em cima de uma curva.
Atende-me alguém, bronco, que depois de situado o objecto começa a discutir comigo porque, segundo a besta " -Conheço bem esse local, e não há aí nenhuma curva!". Que tal? Eu tinha feito a curva, até por sinal pronunciada. Ao fim de algum tempo, ( tempo suficiente para uns quantos carros afocinharem contra o objecto) lá se dignou ligar-me à Brigada de Trânsito. Diga-se de passagem que o sr. agente era muito diferente da besta. Sempre gostava de saber quem selecciona aquela gente.
2º - Congelaram a progressão na carreira a milhares de funcionários públicos, congelaram os aumentos salariais, congelaram a voz, a liberdade de expressão e de opinião aos professores.
Ainda não vi, preto no branco, escrito e divulgado em parangonas o seguinte: Eu ministro-de-coisa-e-tal ou Presidente-de-coisa-e-tal declaro que não receberei qualquer reforma porque não trabalhei a vidinha toda neste cargo. Declaro também que não preciso de ter dois e três motoristas ao meu dispôr. Conduzirei o meu boguinhas e pagarei a gasosa do meu bolso.
Se não fazem isto, não listam quem têm a trabalhar no seio ministerial - que funções tem cada pessoa que lá está a auferir vencimentos mal distribuídos. Que produz toda aquela gente secretária e subsecretária e sub-sub-secretária e coisa-e-tal?
3º - Ameaçam a blogosfera, numa caça às bruxas porque se duvidou de uma licenciatura do PM. Porque se discorda de medidas avulsas, incoerentes, desumanas, prepotentes e e comprovadamente estúpidas.
Sempre gostava de obter relatórios de quantas pessoas fazem agora o serviço asqueroso de espia num país que tem falta de melhoramentos em tantos outros sectores da VIDA!
O blog DoPortugalProfundo está já intimado porque se documentou e investigou.
Acabo de ser convocado para prestar declarações como arguido no âmbito de inquérito judicial relativo ao assunto do percurso académico (e utilização do título de engenheiro) de José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa - além de outra convocação para depoimento como testemunha noutro inquérito relativo ao mesmo Dossier Sócrates. Desconheço o(s) crime(s) de que sou arguido - tendo sido eu que investiguei e publiquei este Dossier, depois desenvolvido na blogosfera e nos media.
Depois disto , li que :
Covilhã: Presidente da Câmara diz recear inspecções a dossiês de funcionários actualmente "pessoas altamente colocadas"
15 de Junho de 2007, 21:05
Covilhã, Castelo Branco, 15 Jun (LUSA) - O presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, disse hoje temer que sejam inspeccionados dossiês de funcionários da autarquia que são actualmente "pessoas altamente colocadas" e recordou a polémica relacionada com a licenciatura do primeiro-ministro, quadro do Município.
Sem nunca dizer a quem se referia e sem responder às questões dos jornalistas, Carlos Pinto prestava esclarecimentos sobre a alegada violação pela Câmara de leis urbanísticas e instrumentos de ordenamento do território, numa sessão da Assembleia Municipal da Covilhã.
O gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Administração Local anunciou, em Maio, o envio para o Ministério Público de partes substanciais do relatório final de uma acção da Inspecção Geral de Administração do Território à Câmara da Covilhã, por suspeita de ilícitos.
Carlos Pinto tem desde então refutado as suspeitas que recaem sobre a autarquia e criticado tanto a IGAT como o secretário de Estado-Adjunto e da Administração do Território, por causa da divulgação da inspecção.
"Tenho algum receio do que se passa na relação da Câmara da Covilhã com algumas inspecções mas não é por isto", referiu o autarca.
"É porque que eu temi - e continuo a temer - que a inspecção entre na análise dos dossiês de funcionários da Câmara, designadamente no que tem a ver com pessoas altamente colocadas", sublinhou.
Carlos Pinto diz que tem fugido à tentação "de pensar ou exprimir publicamente que haja uma relação entre o facto de há pouco tempo terem citado a Câmara da Covilhã por via das questões relacionadas com a licenciatura do primeiro-ministro e a saída, ao mesmo tempo, deste documento (a inspecção da IGAT)".
A Câmara da Covilhã foi referida em Abril na polémica que rodeou a licenciatura do primeiro-ministro, por ter na sua posse um certificado de habilitações que apresenta notas discrepantes com o certificado de habilitações que o próprio primeiro-ministro revelou numa entrevista à RTP e Antena-1.
"Estou muito preocupado", referiu Carlos Pinto, ao revelar que "já foram solicitados elementos no âmbito de questões a decorrer no DCIAP, relativas a processos individuais arquivados na Câmara da Covilhã".
"Gostaria muito que nos pudéssemos conter a este âmbito, porque há relevância que quero defender, apesar de me parecer, às vezes, que alguns daqueles que são mais directamente interessados o esquecem", acrescentou.
Carlos Pinto considera que têm sido levantadas suspeitas injustas para com a Câmara da Covilhã, mas realçou perante a assembleia que não é caso único.
"Tenham cuidado, porque isto está a cair em cima de muita gente, hoje, no País, injustamente. O primeiro-ministro é um deles, que sabe o que está a acontecer. Não há ninguém que possa cuspir para o ar", rematou, sem prestar mais esclarecimentos.
No final da sessão, em declarações aos jornalistas, Vítor Pereira, vereador do PS na Câmara da Covilhã e deputado na Assembleia da República, considerou que as declarações de Carlos Pinto "revestem-se de especial gravidade".
"Interpreto-as como uma ameaça ao primeiro-ministro. Quem é tão corajoso, que diga o que lá tem. Que não se insinue e diga com frontalidade e coragem, de uma vez por todas, o que quer dizer", concluiu.
Sobre a alegada violação pela Câmara de leis urbanísticas e instrumentos de ordenamento do território, Carlos Pinto fez uma exposição de cerca de 40 minutos na reunião da Assembleia Municipal em que justificou as opções da autarquia nalguns dos dossiês averiguados pela IGAT.
O autarca justificou-se com o interesse municipal face a leis urbanísticas e de instrumentos de ordenamento do território que considera uma aberração. Opina, por isso, que a matéria averiguada pela IGAT "são amendoins".
Ainda segundo Carlos Pinto, 63 dos casos dizem respeito a bungalows turísticos instalados na Serra da Estrela, num processo herdado em 1998 da anterior Câmara, dirigida pelo PS, e que o autarca disse ter sido resolvido depois de levantadas contra-ordenações e embargos às obras.
No entanto, as explicações não convenceram o socialista Vítor Pereira, que acusou o Carlos Pinto de fazer "contorcionismo político".
"Há casos muito graves e que o presidente da Câmara reconhece. Vamos esperar pelo que vão dizer os tribunais", concluiu.
LFO.
Lusa/fim
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/jt%2BTdd9x0gKomP0hOYW8ow.ht
A seguir aprendi que quem discorda da ministra é excluído:
O presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, Nuno Crato, considerou hoje "lamentável" que o Ministério da Educação tenha convidado a Associação de Professores de Matemática a sair da comissão de acompanhamento do Plano da Matemática após ter criticado a ministra.
Este episódio "é lamentável", comentou hoje Nuno Crato, em declarações à Lusa.
O PÚBLICO avança na edição de hoje que a Associação de Professores de Matemática (APM) foi convidada a sair da comissão após criticar publicamente as declarações da ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, sobre os exames nacionais do 9º ano, no final de uma reunião de balanço do primeiro ano do Plano de Matemática, a 22 de Maio.O "convite" foi feito por Luís Capucha, director-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, no dia em que as críticas às declarações de Maria de Lurdes Rodrigues foram divulgadas pela comunicação social.
Nessa reunião, a ministra disse que "pela primeira vez o país associa os resultados não apenas à 'performance' dos alunos, mas também ao trabalho das escolas e dos professores, para o melhor e para o pior".
Em reacção, a APM, presidida por Rita Bastos, criticou "a ausência de sentido pedagógico" e "a leitura muito simplista e redutora do que é esse trabalho e a educação".
"Como associação profissional, a APM não pode, de modo nenhum, comprometer a sua independência em relação ao ME. Temos o direito e o dever de manifestar as nossas opiniões. Além disso, as declarações da ministra também foram públicas", sublinha Rita Bastos, garantindo que em "20 anos de história e várias parcerias com vários governos", nunca tinha acontecido à APM confrontar-se com "esta reacção de alguém dizer que não se pode criticar publicamente" um programa. No comunicado em causa, a APM sustentou que "mudanças relevantes e duradouras em educação não acontecem num ano e projectos como os que estão em curso nas escolas têm que ser avaliados por indicadores mais apropriados que não são certamente os exames, instrumentos muito limitados e pouco adequados para a avaliação deste tipo de intervenções."
As críticas da associação estendiam-se ainda ao atraso nos apoios previstos pela tutela. Na sua página na Internet, a APM assegura que "continua disponível, como sempre tem estado, para apoiar os professores e os seus projectos nas escolas e para promover as aprendizagens matemáticas dos alunos."
À parte desta situação, o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática considerou "uma pena" que a estrutura que dirige nunca tenha feito parte nem nunca tenha sido convidada para a comissão de acompanhamento do Plano de Matemática. "É pena, porque temos sido uma das instituições que mais tem criticado as orientações curriculares, pedagógicas e do ensino em geral, ao longo dos últimos anos", adiantou.
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