Estendo a mão em direção ao leito profundo
da vida que corre em mim.
Escorreu-me pelos dedos
nos anos que findaram
endiabrada e fugidia
cheia de pressa de chegar a lado nenhum
Pouco recordo
Pouco vivi
As lembranças fugazes
de momentos perenes
teimam em dizer que devo parar
De promessas vãs
cheia de remorsos
repito que amanhã será diferente
No desejo insano
de alterar o fim
de um filme que me esculpe a pele
e que é visceral
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