O rio

O rio

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

De volta... ou talvez não...

Depois de tantas medidas drásticas levadas a cabo pelo nosso governo omisso de assertividade para com o povo, acabo por não saber bem o que me apetece fazer. Há dias em que me apetece emigrar, de malas, filha, gatos e cachorrada atrás, sem olhar de volta para o que deixo... Bater com a PORTA e dizer que já chega... 20 anos deitados pela água do rio afora, cheios de coisas boas que dei a um país que agora se arrasta. Depois, lá vem a nesga de sol brincalhona, e acabo por revolver dentro de mim energias ainda existentes... prevalece a vontade de ver vencer um povo, perante semelhante cambada de gente insana. Ainda há muito para fazer cá no pedacito de terra e abandonar navios nunca foi o meu forte. Prefiro fechar os olhos e seguir em frente. Apesar da noção de que isto anda mesmo a tocar o inaceitável há anos e que ninguém tem coragem de colocar um fim com limpeza nesta treta. Hoje amanheceu o dia com a notícia que eu já tinha recebido via email ontem: se não pedes faturas, pagas multa. Se a faturação é obrigatória, não são os clientes quem as devem pedir, em primeiro lugar; Se querem cruzar dados do que ganhamos com o que gastamos e que tipo de vida fazemos, já começa a ser mais que pidesco... primeiro dêem camas nos hospitais, e tratamento decente a todos os que pagam os salários de quem tem estas ideias da treta; Se querem confirmar que aquilo que pagam chega para sobreviver, então assegurem-se de que a educação e a habitação são para todos; O cómico disto é que multam quem já paga e repaga e depois injetam milhões em quem roubou um povo inteiro... São assertivos... ainda não sei onde... Esta coisa faz lembrar o cão que tem um osso entre patas, e na soberba acaba por morder a própria pata... Com um poucochinho de sorte, acabarão entre eles à dentada e poderemos viver sem governo, de forma deliciosamente calma, numa troca direta, mas em paz...

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