O rio

O rio

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Para a minha mãe

Só hoje... minha mãe, só hoje, sei o valor que encerras em ti,
jóia rara, a quem dei dor, de presente e como paga por me pores no mundo.
Só hoje te vejo imensa, universal,
com o teu colo imenso
que segurou pequenas cabecitas chorosas,
ao longo dos anos, e mesmo depois de crescidas.

Obrigada por me ensinares que o amor é belo,
por me mostrares como é possível amar e dar sem receber em troca ou receber tão pouco.

Foi ao longo da caminhada a duas que aprendi
que me deste em colheradas suaves a provar o sabor da esperança
Da vontade de querer bem e dar de mim

A cada regresso meu ao teu lugar,
sinto a paz e o conforto de um ninho morno
que eu sei estar sempre ali.
Onde eu posso chorar as mágoas sem temor
rir a bandeiras despregadas com o teu consentimento
e ser sempre menina
sem me acharem tola.

Nunca a gratidão será suficiente pelo que de ti me deste nesta vida.

À mulher-mãe, mulher-esposa, mulher-esteio que segura todos, o meu abraço e beijo intemporais.

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