O rio

O rio

sábado, abril 18, 2009

Forever é um tempo muito distante





Vivia numa gruta, à beira mar. Ao largo, havia uma ilha de rocha, coberta de musgo, e plantas rasteiras, selvagens e fortes, anãs é certo, mas decididas a ficar para sempre. Para sempre... um tempo tão distante.

A ilha de pedra, pertencera à terra, em tempos remotos. Mas um dia, uns gigantes barbudos e esfarrapados, com dor no coração, arrancaram aquele pedaço à terra, atirando-o ao mar, em sinal de raiva e de loucura. Não controlavam impulsos, vontades, apetites, é isso. E também não sabiam que para sempre é demasiado. E que, no entanto, vale a pena...

E a terra sangrou de dor, à sua maneira. A água das chuvas, tranformavam a ferida da terra em lama , que era o sangue da terra e este corria para o mar.

O tempo, senhor de tudo e de nada, curou a terra, secou a gruta, e a Natureza pintou a ilha daquela cor de esperança.

E na gruta estava eu, senhora de um refúgio único e secreto. Sem medo nem dor. Nunca refém de um senhor distante... para sempre.

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