O rio

O rio

quinta-feira, julho 26, 2007

à la carte

Depois de noites mal dormidas, sentada à cabeceira da cama de quem se ama incondicionalmente e até depois da morte, depois das corridas para o hospital porque a febre não desce, porque deslocam braços, ou as amigdalites teimam em marcar presença... depois das preocupações com biberões, leites, sopas e primeiros sólidos, depois das fraldas e das cuecas molhadas, dos suplícios do bacio e das birras inesperadas, chega-se a uma altura em que se respira fundo e se pensa... ufff agora é mais fácil....
Puro engano... começa a generation gap. O " eu sei fazer e até faço melhor que tu"; o " eheheheheh tás cota, quer dizer não é bem cota mas eu já sou pré adolescente e mainada"; o " não foi assim foi assim..." e em vez dos sustos físicos, leva-se com resposta na ponta da língua, argúcia e raciocínio rápido que nos deixa de cara à banda...

E como quem me conhece, sabe que gosto de confusões, arranjo dois felinos meliantes, que continuam ranhosos, a quem tenho que dar antibiótico e que teimam em subir aos sítios mais estranhos e a saltar sabe-se lá de onde... isto virou restaurante, servindo-se à mesa ( salvo seja, mas quase) de cada um, um prato diferente, atentar à água, não vá um desgraçado desidratar, as vitaminasde um; a fruta para outro, descascadinha e cortada aos cubos para que não dê nem muito trabalho a mastigar nem suje dedos...


Mas ao olhar para trás, e até mesmo para o agora, sente-se que a casa está cheia de vida, de energia e de alegria... mesmo assim, se alguém me oferecer bilhete para as seychelles... ahahahah na... acho que bem, na se deve dizer nunca... mas... hum... acho que não ia...

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