O rio

O rio

segunda-feira, agosto 24, 2015

Definição de solidão por Chico Buarque

Chico Buarque define solidão...
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, 
passear ou fazer sexo... Isto é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela
 ausência de entes queridos que não podem mais voltar... 
Isto é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às 
vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos 
impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto e 
circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...

SOLIDÃO é quando nos perdemos 
de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.


Francisco Buarque de Holanda (Poeta, compositor e cantor)

bichinho do mato ou eremita?

A vida trouxe-me amigos e amigas (mais amigas do que amigos) de uma forma generosa. Fui estação. Por momentos param e ficam e depois seguimos viagens diversas. No entanto, cada pessoa que se cruzou comigo trouxe-me mais amor, candura, sabedoria. E prezo cada um, mesmo à distância. Estão nas minhas preces e pensamentos, no dia-a-dia ou pontualmente, mas estão.

Gosto das pessoas que estão ou estiveram comigo em dados momentos, mas gosto de estar só. Há dias li algo que vou publicar de seguida sobre a solidão. Não me sinto só. Nem abandonada. Gosto do silêncio e recarrego-me nele. Olho o céu, as plantas, os bichos e até os objetos e fico no sossego, sem pressa de nada. Pedindo e agradecendo a Deus aos arcanjos e aos anjos a saúde, a força, para mim e para todas as amigas e amigos que me seguraram e amaram a cada instante desde que a minha mãe me pôs neste mundo.

Recordo cada um de vós, dos que ainda cá estão e dos que já estão junto das estrelas e dos anjos com todo o carinho e gratidão.

Às vezes penso que estou meio egoísta por querer permanecer no silêncio, mas depois penso que é nele que o meu equílibrio e a força para me manter neste mundo louco se alimenta e assim posso, mesmo de longe estar convosco.

Chego a pensar que sou meio bicho do mato, mas depois de analisar bem a situação, sinto-me mais eremita.

Não acredito na máxima do "quem desaparece ou não aparece, esquece"... não esqueço as minhas amigas fadas e manas queridas, e sabeis bem de quem falo.
Sei também que vem cá quem não tem a coragem de aparecer e falar noutros lugares. Tenho saudades, sim... mas não posso fazer mais nada do que desejar que o amor e a saúde vos preencham e que Deus vos proteja sempre.

Acho que como eremita já estou a trabalhar bem a aceitação e o desapego. Sou parte de vós e vós parte de mim e sou feliz assim... mesmo que longe. Por isso deixo-vos o meu amor, aquele amor que não pede nada em troca porque que vos estarei sempre grata. Mesmo quando aceno da estação sabendo que partis para outro lugar vivendo o dia a dia da forma que escolheis. Eu faço igual e é nesse respeito pela diversidade e por aceitar o que cada um prefere fazer que eu acredito que devem assentar a amizade e o amor.

Um beijo

terça-feira, agosto 18, 2015

Os mínimos

Gosto deles. Não porque apreciem a maldade mas porque no meio de tanta maldade me parecem inocentes. Parece que apenas lhes ensinaram a ser maus... e quantos de nós não começamos por sermos cruéis com os outros até entendermos que não vem daí nenhum ganho. Bem pelo contrário...
Adoro a língua deles e o riso...