Pois é, parece que já posso andar e fazer as minhas coisas. Uma semana depois do desgraçado bicharoco nos ter apanhado, estavamos de volta ao trabalho. Subir uma escada era martírio, arfava como se tivesse feito a maratona... desgraça a minha. Mas a malvada bicharada parece que desistiu, por fim, de me lixar e desandou para longe de nós. Por isso, e porque em breve é Natal, ficam músicas.
Para os amigos/as, com beijocas larocas e muita risada, de novo:
Eu tou mais crescida...mas escusam de pensar que melhorei, porque a lua é o meu destino. Um degrau, de cada vez, sempre. Porque baralho sempre e não tenho emenda... é escusado. Nem com choques eléctricos... Também só mesmo assim posso saborear, aprendendo a ser sábia com a ajuda doce das fadas e duendes que me conhecem e amparam. Grata a quem me quer bem. Mil beijos e abraços(º_º)
O rio
quinta-feira, novembro 27, 2008
sexta-feira, novembro 21, 2008
o chetado da quoisa
Pensava eu que a onda do atraso, do muito trabalho enguiçado e coisas do género tinha passado, quando a nina me traz para casa uma senhora virose que ataca ambas em muitas frentes. Tão de frente que uma coisa parecida com gripe virou bronquite e outras cenas mais complicadas. Resultado, cama com as duas, durante muito tempo e muita colherada de remédio....
Quando isto atingiu o ponto crítico, do tipo não me consigo aguentar de pé, o peito dói e coisa e tal... lá me decidi ir ao médico. Há oito anos a morar aqui, raramente a recorrer ao SAP, recebo de resposta de manhã, que o SAP só funciona de tarde. Procuro o Centro de Saúde, que entretanto também tinha mudado de lugar, e começa outra batalha.
- Queria uma consulta de urgência. Têm?
- A senhora está inscrita aqui?
É de ir às lágrimas, né? E se não estivesse? Não estava doente? Bolas... A febre subia e descia, provocando transpiração e tremor... A última vez que me lembro de estar assim, engripada ( pensava eu) foi há 11 anos. Grávida da piquena... nem os olhos abria.
- Estou inscrita há oito anos. ( a voz estava fraca e a desaparecer. Porque perdi mesmo o pio).
- Os seus cartões, por favor. Ah, é do dr. Luís. Ah, mas este médico não quer que os seus doentes sejam vistos por mais ninguém. Nem quer que lhe passem medicação...
- Eu não conheço esse médico. Nunca me viu. Eu preciso de ser vista por alguém. Se ele quiser falar comigo depois, eu falo com esse senhor. Isto dito já com um fiozinho de voz e a arfar... estava mesmo uma lástima. E a senhora a seguir, refeita da situação, pergunta-me:
- É urgente?
Depois disto, muita coisa aconteceu... auscultaram-me, e apesar de eu em casa, sem quakquer aparelho, conseguir ouvir os meus brônquios a chiar que nem gatos abandonados, o médico passou um antipirético, um broncodilatador e um anti--histamínico. Volto a casa, horas depois da saga, e dois dias depois, arrasto-me a mim e à nina para o hospital ( privado). É-nos diagnosticado a ambas, uma complicação pulmonar, que requer antibiótico e repouso absoluto. A nina tem ainda uma inflamação nos seios nasais e arredores, com uma sinusite enorme que lhe provocava a dor de cabeça. Estamos, portanto, de molho e, desta vez, a salvo.
Porque é que temos um sistema de saúde tão rasca?
Por que é que mais de metade dos nossos homens, mulheres e crianças têm que levar com este sistema rasca?
Por que é que ficam impunes os gestores de um país, por cada morte e é o Estado quem paga, se o Estado sou eu e todos os outros que, quando precisam dos cuidados de saúde, os vêem negados e nos sentimos numa situação constrangedora, mendigando o que é nosso por direito?
Por que não são implicados os que gerem mal os dinheiros de um país? Que gerem em seu próprio proveito?
Cada dia que passa, vem cheio de situações absurdas, provocadas por homens de fato e de gravata e senhoras com staff.
Cada dia que passa, traz um cheiro a mofo e a podridão nas ruas deste país, provocada pela constante actividade saqueadora de gente de fato e gravata, com impunidade e lata bastante para sobreviver à desgraça...
Cada dia que passa, Portugal vê vencida a postura orgulhosa de outrora, aniquila-se um povo e culpa-se a conjuntura internacional, como se nós fossemos parvos e néscios....
Vou tratar de nós... volto quando estiver melhor... beijocas larocas
Quando isto atingiu o ponto crítico, do tipo não me consigo aguentar de pé, o peito dói e coisa e tal... lá me decidi ir ao médico. Há oito anos a morar aqui, raramente a recorrer ao SAP, recebo de resposta de manhã, que o SAP só funciona de tarde. Procuro o Centro de Saúde, que entretanto também tinha mudado de lugar, e começa outra batalha.
- Queria uma consulta de urgência. Têm?
- A senhora está inscrita aqui?
É de ir às lágrimas, né? E se não estivesse? Não estava doente? Bolas... A febre subia e descia, provocando transpiração e tremor... A última vez que me lembro de estar assim, engripada ( pensava eu) foi há 11 anos. Grávida da piquena... nem os olhos abria.
- Estou inscrita há oito anos. ( a voz estava fraca e a desaparecer. Porque perdi mesmo o pio).
- Os seus cartões, por favor. Ah, é do dr. Luís. Ah, mas este médico não quer que os seus doentes sejam vistos por mais ninguém. Nem quer que lhe passem medicação...
- Eu não conheço esse médico. Nunca me viu. Eu preciso de ser vista por alguém. Se ele quiser falar comigo depois, eu falo com esse senhor. Isto dito já com um fiozinho de voz e a arfar... estava mesmo uma lástima. E a senhora a seguir, refeita da situação, pergunta-me:
- É urgente?
Depois disto, muita coisa aconteceu... auscultaram-me, e apesar de eu em casa, sem quakquer aparelho, conseguir ouvir os meus brônquios a chiar que nem gatos abandonados, o médico passou um antipirético, um broncodilatador e um anti--histamínico. Volto a casa, horas depois da saga, e dois dias depois, arrasto-me a mim e à nina para o hospital ( privado). É-nos diagnosticado a ambas, uma complicação pulmonar, que requer antibiótico e repouso absoluto. A nina tem ainda uma inflamação nos seios nasais e arredores, com uma sinusite enorme que lhe provocava a dor de cabeça. Estamos, portanto, de molho e, desta vez, a salvo.
Porque é que temos um sistema de saúde tão rasca?
Por que é que mais de metade dos nossos homens, mulheres e crianças têm que levar com este sistema rasca?
Por que é que ficam impunes os gestores de um país, por cada morte e é o Estado quem paga, se o Estado sou eu e todos os outros que, quando precisam dos cuidados de saúde, os vêem negados e nos sentimos numa situação constrangedora, mendigando o que é nosso por direito?
Por que não são implicados os que gerem mal os dinheiros de um país? Que gerem em seu próprio proveito?
Cada dia que passa, vem cheio de situações absurdas, provocadas por homens de fato e de gravata e senhoras com staff.
Cada dia que passa, traz um cheiro a mofo e a podridão nas ruas deste país, provocada pela constante actividade saqueadora de gente de fato e gravata, com impunidade e lata bastante para sobreviver à desgraça...
Cada dia que passa, Portugal vê vencida a postura orgulhosa de outrora, aniquila-se um povo e culpa-se a conjuntura internacional, como se nós fossemos parvos e néscios....
Vou tratar de nós... volto quando estiver melhor... beijocas larocas
terça-feira, novembro 11, 2008
Bailemos muito tra vex
Akon - Na na na
Robbie williams - Road to Mandalay
Somente o necessário - Livro da Selva
O cinismo nunca foi o meu forte, Dª Lurdes
Pois é. Eu até era para vir escrever sobre os dias malfadados, cheios de aventuras cá pelo meu castelo. Ia até contar como foi deprimente chegar, na sexta, a casa, e descobrir que os cães fizeram uma festa de esferovite num quarto sem esperarem por mim. Ia contar que, a seguir, juntei as bolinhas malvadas que teimavam em fugir só com a respiração, e quando o monte estava perfeito para ensacar de novo, veio de lá o gatito bebé, o meu "Olhinhos" ( meu porque foi o primeiro a nascer e eu suei as estopinhas para o pôr cá fora), deitado ao comprido concolou-se a imitar um corta-relvas espalhando de novo aquilo tudo. Arrancou as gargalhadas que atrofiaram com a cena de entrada... Vinha até com vontade, mas quis a nossa senhora ministra e afins que a coisa azedasse mesmo.
Adiam o quê????? Avaliam quem????? Como???? Quando???? Brincando de esconde-esconde, afirmam hoje que apenas quem quiser concorrer será avaliado? Que a avaliação bla... bla... bla... Desculpem.... E a avaliação deste ano não é supostamente a que vai valer daqui a 4 anos? Não conta? Eu baralhei e voltei a baralhar e isto nem aqueceu nem arrefeceu. Apenas se trata de um pouquinho mais de areia para a malta se alhear do sério. Pois senhora ministra, vou escrever como mãe!
Como mãe, pergunto por que carga de água os meninos têm a carga de horas de aulas que bem poderiam funcionar nas restantes disciplinas. Refiro-me a Área de Projecto!!!! Os alunos têm direito a um limite de 3 faltas injustificadas, sendo que o novo estatuto prevê que mesmo doente e com as faltas justificadas, o aluno seja submetido a avaliação. Há casos caricatos de alunos que estando doentes, são avaliados à chegada à escola, porque ... faltaram... Medidas avulsas com brindes Magalhaninos a mim não me interessam. Gostava de ver a minha filha numa escola com computadores nas salas, sim, não quadros interactivos que, assim que um aluno se levanta, ficam negros e sem piada. Gostava que a Internet e os livros chegassem sem medo, e que as turmas não tivessem mais que vinte alunos. Gostava que os professores da minha filha fossem satisfeitos para as aulas e não fizessem 200 km por dia, nem que ela tivesse ficado um mês sem aulas, por falta de professor, com tantos no desemprego. Gostava que ao almoço, não esperasse 20 minutos na fila, quando não são duas horas, nem que tivesse de apresentar atestado para comer dieta. Gostava que nos bares da escola as sopas pudessem ser vendidas. Sempre era mais importante os alunos comerem uma sandes e uma sopa, do que ver as empregadas de gorro e luvas a servir café. Gostava que a minha filha não tivesse que se ver sem 200 euros para livros todos os anos, num ensino que se diz obrigatório e gratuito. Gostava que os alunos pudessem ir à casa de banho sem ter que mendigar papel higiénico. Gostava que a farsa do cartão electrónico não se tivesse tornado num cavalo de batalha, no qual os alunos ficam sem comer cada vez que o sistema vai a baixo ou falta a luz, porque a vida se resumiu a um cartão. Gostava que as escolas tivessem transporte para poder levar e trazer as suas crianças sem estar refém da disponibilidade da câmara ou de outro organismo. Gostava que as crianças de hoje não tivessem que emigrar para serem alguém, porque o seu país está a saque, cheio de magnatas que sugam o sangue de uma nação a coberto de promessas incumpridas. Gostava de poder dizer à minha filha que a podridão da justiça,onde os criminosos são soltos e os pobres roubados, é apenas um mau sonho que irá passar. Quer a senhora avaliar professores, pedir-lhes que tracem objectivos quanto ao sucesso que terão com esta e aquela turma, como se os professores pudessem agoravirar cartomantes. Quer a senhora avaliar os professores se, se avaliar a si. Porque os professores todos os anos são avaliados, diariamente pelos pais dos aluno, os alunos, os seus pares e a chefia. E quando erram, procuram melhorar. Não são capazes de se manter 4 anos seguidinhos a fazer asneirada diária sem dar a mão à palmatória. Continuarei a ensinar à minha filha a HUMILDADE DE RECONHECER QUANDO SE ERRA porque só assim o SER HUMANO poderá chegar mais próximo da perfeição.
beijocas larocas e saudades. Perdoem a ausência... eu volto :)
Adiam o quê????? Avaliam quem????? Como???? Quando???? Brincando de esconde-esconde, afirmam hoje que apenas quem quiser concorrer será avaliado? Que a avaliação bla... bla... bla... Desculpem.... E a avaliação deste ano não é supostamente a que vai valer daqui a 4 anos? Não conta? Eu baralhei e voltei a baralhar e isto nem aqueceu nem arrefeceu. Apenas se trata de um pouquinho mais de areia para a malta se alhear do sério. Pois senhora ministra, vou escrever como mãe!
Como mãe, pergunto por que carga de água os meninos têm a carga de horas de aulas que bem poderiam funcionar nas restantes disciplinas. Refiro-me a Área de Projecto!!!! Os alunos têm direito a um limite de 3 faltas injustificadas, sendo que o novo estatuto prevê que mesmo doente e com as faltas justificadas, o aluno seja submetido a avaliação. Há casos caricatos de alunos que estando doentes, são avaliados à chegada à escola, porque ... faltaram... Medidas avulsas com brindes Magalhaninos a mim não me interessam. Gostava de ver a minha filha numa escola com computadores nas salas, sim, não quadros interactivos que, assim que um aluno se levanta, ficam negros e sem piada. Gostava que a Internet e os livros chegassem sem medo, e que as turmas não tivessem mais que vinte alunos. Gostava que os professores da minha filha fossem satisfeitos para as aulas e não fizessem 200 km por dia, nem que ela tivesse ficado um mês sem aulas, por falta de professor, com tantos no desemprego. Gostava que ao almoço, não esperasse 20 minutos na fila, quando não são duas horas, nem que tivesse de apresentar atestado para comer dieta. Gostava que nos bares da escola as sopas pudessem ser vendidas. Sempre era mais importante os alunos comerem uma sandes e uma sopa, do que ver as empregadas de gorro e luvas a servir café. Gostava que a minha filha não tivesse que se ver sem 200 euros para livros todos os anos, num ensino que se diz obrigatório e gratuito. Gostava que os alunos pudessem ir à casa de banho sem ter que mendigar papel higiénico. Gostava que a farsa do cartão electrónico não se tivesse tornado num cavalo de batalha, no qual os alunos ficam sem comer cada vez que o sistema vai a baixo ou falta a luz, porque a vida se resumiu a um cartão. Gostava que as escolas tivessem transporte para poder levar e trazer as suas crianças sem estar refém da disponibilidade da câmara ou de outro organismo. Gostava que as crianças de hoje não tivessem que emigrar para serem alguém, porque o seu país está a saque, cheio de magnatas que sugam o sangue de uma nação a coberto de promessas incumpridas. Gostava de poder dizer à minha filha que a podridão da justiça,onde os criminosos são soltos e os pobres roubados, é apenas um mau sonho que irá passar. Quer a senhora avaliar professores, pedir-lhes que tracem objectivos quanto ao sucesso que terão com esta e aquela turma, como se os professores pudessem agoravirar cartomantes. Quer a senhora avaliar os professores se, se avaliar a si. Porque os professores todos os anos são avaliados, diariamente pelos pais dos aluno, os alunos, os seus pares e a chefia. E quando erram, procuram melhorar. Não são capazes de se manter 4 anos seguidinhos a fazer asneirada diária sem dar a mão à palmatória. Continuarei a ensinar à minha filha a HUMILDADE DE RECONHECER QUANDO SE ERRA porque só assim o SER HUMANO poderá chegar mais próximo da perfeição.
beijocas larocas e saudades. Perdoem a ausência... eu volto :)
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