Navego sem vela, nem remo, nem rota
no redemoinho da vida
A multidão é mar enfurecido
que sulca o tempo à força de
empurrão, sapatada,
e brota em mim a dor
a fraqueza
a tristeza
a mágoa
a incerteza
o medo
e a vontade de fugir
E vejo-me num quarto emparedado
empurro as paredes
imponentes
impotente
desesperada
e grito
porque quero a liberdade
a paz
a harmonia
e nunca a há.
E cerro os dentes e olho o céu
e espero o dia de amanhã
porque virá
seja onde for
e com quem for
será melhor...
6 comentários:
Ela adorou esta poesia.
"empurro paredes, imponentes, impotente" é assim que muitas vezes nos sentimos.
Quantos posts hoje? deixarei pra le-los depois. bom tenho te lido há alguns dias e resolver te indicar a um premio passa lá blog.
bjs
Admirei-me quando abri o teu blog e "me vi publicado".Mas também sorri.
Hoje Vi Ana do Castelo...E vi a Agonia, e a romaria minhota,e os sorrisos de tanta gente.
E apetece-me enviar-te esta migalha para junto das tuas cavacas mais doces.
A saga da "barca" tem intenção de te ver a sorrir outra vez.!
Obrigada. Fico feliz por saber que sou entendida. Só lamento que tenhamos que nos sentir assim. Não seria bem melhor remarmos seguras e docemente, sem medos nem ultrajes?
Isto dos posts, para falar verdade, às vezes é a metro ahahahah ...
vou espreitar o teu blog sim, com muito gosto... e fiquei curiosa com o prémio. :) Fizeste-me bem... obrigada
Alcaideeeeeeeeeeeeeee , és um doce
outro anjo hoje... nem mereço isto.
Bom, Viste Ana Lindo... a romaria da senhora da Agonia é fantástica... se fosse invejosa diria: que inveja... mas assim, digo apenas: que bom que o meu amigo pôde ir. Como gostaria de lá ter estado e partilhado estes momentos.
Obrigada por existires e pela tua bondade querido Alcaide.
Bjs
Que barca tem um rumo com amarras?
Os vntos não te levam se não sopram,
nem há cais que te acolhe se te encerram,
velhas cordas que prendem onde agarras.
Que as ondas te libertem algazarras.
Que a barca seja a barca...Já passaram
mil noites com fantasmas que acenderam
ao largo,teu farol de outras barras.
E ruma com bom vento de verdade,
sulcando o teu viver em acalmia,
deixando para trás a tempestade.
Que a barca dessa noite faça dia,
e rume tão depressa á liberdade,
como é certo o horizonte de harmonia.
Meu querido Alcaide, as minhas amarras são medos, incertezas e desassossego de alma...
A tua primeira estrofe é certeira... eheheheh
Sabemos que o caminho a seguir é sempre em frente, sabemos que voltar atrás é impossível, por mil e uma razões, sempre válidas... mas, por vezes as lombas da estrada da vida têm depressões tão intensas e a pique...
Na segunda estrofe mandas-me ir ao mar, como fez uma amiga... no mar encontro a calma, a bondade e a doçura que busco nas gentes e raramente encontro... vou lá.
Deste-me alento e o engraçado disto tudo é que parece que me vês por dentro. :)
Obrigada pela força e pela tua bondade.
beijocas enormes e muita saúde
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