O rio

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segunda-feira, março 19, 2007

A fragilidade bate a qualquer porta

É , claro que para uns parecerá absurdo. Vou fingir que não é comigo e usar a terceira pessoa, como fazia o rei sol, tadito, que por essas e por outras ( menos graves) , ( era ironia, ok?), si fue.


Mas... que se dane.

Tudo lhe corria bem... no trabalho, em casa, no país e veio de lá um dia em que a
doce travessura mais nova, que estava a crescer, atingia a puberdade.
Nunca ela pensou que pudesse causar tamanho desarranjo à pobrezita.
A juntar àquilo, a bichinha vivia paredes meias, (mais entre paredes, para falar verdade) com o irmão, um energumeno desvairado, cujo passatempo era ladrar a cães que passavam na rua ou roer móveis.

Não que ela fosse melhor, em termos comportamentais. Nada disso. Se ele roera móveis, ela preferia paredes. Melhor actriz secundária, nomeada para óscar, pela excepcional participação em "Prison Brake canina".

Mas hoje dá dó vê-la ao colo, a pedir carinho e tão abalada. Aposto que está com enxaqueca e febril. Só espero, sinceramente, que o irmão vire eunuco nos próximos tempos.

Vamos todos fazer uma forcinha para que estes dois não descambem nem cedam às fraquezas ( nem acredito que escrevi isto. )

Eu não resisto.

aqui fica a crónica de um hombre que estimo,
pela desenvoltura e pelo jeitinho que tem
para dizer verdades das boas.

"Artigo de Opinião/Boca do Inferno/ por Ricardo Araújo Pereira"
(ainda tou pa saber qual deles é de Valongo, mas pronto)

"ESCOLAS S/M"

"Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou
o ensino é (sem querer apontar dedos) dos professores. Só pode ser
deles, aliás. Os alunos estão lá a contragosto, por isso não contam. O ministério
muda quase todos os anos, por isso conta ainda menos. Os únicos que se
mantêm tempo suficiente no sistema são os professores. Pelo menos os que vão
conseguindo escapar com vida. É evidente que a culpa é deles. E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma acusação gratuita.
Há razões objectivas para que os culpados sejam os
professores. Reparem: quando falamos de professores,
estamos a falar de pessoas que escolheram uma profissão em que
ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e todos os dias
arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um
dos seus familiares. O que é que esta gente pode ensinar às nossas
crianças? Se eles possuíssem algum tipo de sabedoria, tê-Ia-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação
dos nossos filhos a pessoas com esta capacidade de discernimento?
Parece-me claro que não. A menos que não se trate de falta de
juízo mas sim de amor ao sofrimento. O que não posso dizer que me deixe mais
tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater. Sem nenhum desprimor para com
as depravações sexuais -até porque sofro de quase todas -, não sei se o Ministério
da Educação devia incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas.
Ser professor, hoje, não é uma vocação; é uma perversão. Antigamente, havia as escolas C+S;hoje, caminhamos para o modelo de escola S/M.
Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora
há os professores masoquistas, que são espancados por eles.
Tomando sempre novas qualidades, este mundo.
Eu digo-vos que tipo de pessoas produzia excelentes professores:
o povo cigano. Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões
dos subúrbios iam pedir explicações a estes professores. Um cigano em
cada escola, é a minha proposta. Já em relação a estes professores que
têm sido agredidos, tenho menos esperança.
Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não
sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está
preparada para o mundo."

Pois é, para falar verdade, eu cá nem sei onde fica a polícia,
mas isto levava-me para outros detalhes. Fica para outro dia.
A desautorização é saga para mais seélas neste cantinho desgraçado
que nunca mais é anexado de vez. Fazer o quê?

Obrigada Sr. Ricardo Araújo Pereira. Já me sinto mais
compensada e com novo fôlego para continuar na selva.


P.S. Não coloquei em formato de documento autêntico porque....ainda não aprendi. Acho que já não chego a titular só por este senão.