Como nunca há bela sem senão, (acho que me ando a repetir, srá o primo Al a atacar tra vex?) hoje não houve hipótese de gozar decentemente o domingo. A gata adoeceu e... hospital... e médico... e antibiótico e poooooooooooooooooooooooça...
Ao sair do hospital, de gatos, sacolas e saquinhos, à mistura e a tiracolo, tentavamos arrebitar as expectativas quando uma cena gira aconteceu. Só foi gira porque foi rápida, insólita e porque foi... um saco plástico rebolava na estrada a fazer uma caminhada de nenhures para nenhures, empurrado pela brisa e pelos pneus dos carros. Deu-lhe de repente um arzito e o desgraçado sobe, rodopia e agarra-se ao tejadilho ou à antena de um carro, tornando o carro engalanado, prontinho para um casamento. Detesto os tules nos marriages, mas aquele, até fazia um figurão... Notava-se a léguas lol.
Um pouco depois, ouvíamos no carro uma música antiga, de Ana Maria ( bolas não sei o nome para variar) e os queijinhos frescos, acho que se chamavam assim, e a canção tinha por base uma música de ópera. A certa altura, comenta a nina:
- Mãe, os operistas, quer dizer... como se chama a quem canta ópera?
- Operários! (Eheheheheheh, fartei de rir)
- Ah Cantores de ópera! Ahahahahahah Os cantores de ópera não podem estar constipados pois não?
E pronto o diálogo seguiu por ali, levantando o ânimo e levando o pensamento para outro sítio que não as doenças, a dor e a morte. Não que não saibamos e não estejamos certas do que nos espera a cada esquina da vida. Como estrada com lombas doidas, a vida tem as suas coisas boas e más. Mas ver sofrer quem não sabe dizer onde lhe dói, arrasa-me... Quando a nina passou a falar e a dizer o que doía e onde respirei fundo e senti menos ansiedade.
Agora e durante os próximos dias, estarei de plantão à Lucy ( diminutivo de Dulcineia, amor eterno de Dom Quixote, cavaleiro da triste figura).
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