O rio

O rio

terça-feira, julho 24, 2007

Sinto-me a anos-luz do que é o quê.
Na marginal linha suspensa de pó de estrela
a lentidão com que assimilo o que na frente
me vai passando como a tela do cinema
desespera-me por dentro e eu vacilo...

O passo acelera,
porque a montanha russa que é a vida
não me permite acompanhar esta quimera.
Sou fogo e vento e mar e sal
não sou ninguém e tudo ao mesmo tempo.

Num rasgo cintilante e racional
eu cresço e subo aquele ramo ainda verde,
e em mim cresce um ar que aumenta o meu peito
e me dá ganas de levar tudo isto a eito
e ajudar e construir e refazer...

E no cansaço de muita noite mal dormida
quando a razão se prende a pontos mais tristonhos
desce em mim a nostalgia de uma lida
que me entorpece os membros, o pensamento.

4 comentários:

Anónimo disse...

Uma pérola. Um poema tão bonito. Que felicidade escrever assim! E que poder!

cris disse...

Alcaideeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!! Que saudades!!!! Pensei que nunca mais voltavas ao meu cantito. Cal pérola, qual quê? Foi um calhau, isso sim. Saiu de dentro mas agora que o li na vejo nada de mais que umas linhas de desabafo... Exagerado tu!!!!
Os teus poemas, esses sim são pérolas...


Um beijo enorme para ti e família inteirinha!

Anónimo disse...

Tem juizo! Poema lindíssimo. Lê alto... devagar. Eu ao fazê-lo senti-me dentro dele... parecia-me familiar e como gostava de o ter escrito. A inveja á feia...mas o poema é bonito! E quem escreve assim tem que ser ainda mais. Um beijo e que Deus te dê palavras para encantar, e te vá guardando sempre.

cris disse...

ès exagerado que coisa... é desabafo, isto...mainada.