O rio

O rio

quarta-feira, abril 18, 2012






Viver coisas que não são
fazem parte do trajecto...
procuro a clarividência e a Luz
encontrar as pedras
como Tomé...
mas não é fácil.
Já sei,
quem disse que era?
Mas feitas as contas,
o tempo escorreu,
como água entre dedos
maravilhei-me com o nada
e hoje olho as mãos vazias
de coisa nenhuma
e à volta
a plenitude da solidão.
Ainda bem que o céu nunca me deixa desiludida
mesmo da cor de chumbo
não me deixa à espera
não é vão nas promessas
sei que um dia
a viagem de regresso me trará a ternura e doçura que tanto almejo aqui
mas não encontro.


Não me prometam nada, nunca.

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