Vou viver o insondável
o desgarrado e colorido
sem medo de não fazer sentido
neste lugar em que estou
vou andar, respirar
fazer tudo
rir demais
sobretudo deixar sair de mim
a sensação de que me encontro
sentada, na beira da vida
apenas a vê-la passar
saio de mim e apenas
observo a pequena pessoa
de pernas a bambolear
encarrapitada no muro do tempo
ávida de tudo
de olhar perdido
a viver de sonhos
com sabor de mel
mas que em cada prova
não são mais que fel.
Amanhã
vou viver
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