O rio

O rio

domingo, setembro 30, 2007

A culpa é da chuva que não me deixa sair...

Sigo na estrada da vida

nem sempre perdida, apenas porque

amigas do peito me seguram a mão


desço e subo os caminhos acidentados,

por vezes agrestes, espinhosos, malvados


e quando a estrada é segura, lisinha, sem sobressaltos

eu cambalhoteio,

derrapo no chão,

apenas me aleijo

porque pressinto

que sem estrago não caminho



complica-se a vida

com coisas supérfluas

ou pla chuva, a morrinha,

o sol quente de Agosto,

um espinho de roseira,

um chinelo no chão...

tudo serve para criarmos

logo ali a confusão


coração sem paz,

olha em redor e suplica

deita-te moça,

descansa,

recupera da lida,

amanhã será melhor,

haverá outro colorido...


e é facto factual


que me levanto mais forte

e canto e rio e choro

ao longo de cada dia,

intenso, mesmo sem sê-lo,

saboreio , sinto e gosto

ou desgosto e os olhos mostram,

o que me atormenta a alma.


porque neste mundo de crescidos,

ser frágil é alvo a abater,

e nem sempre me apercebo

que provoco o prazer

a insanos que se deliciam

com a lágrima que vêem.

6 comentários:

Dragão Azul disse...

Pois a culpa é da chuva, veio e já não deixa ir para a praia, mas o mar continua azul... mas continuo a ir para a prais, melhor para a ribeira da fantastica cidade do PORTO

Agora não tenho tempo para ler este livro que escreveste, melhor esta enciclopedia editada pela stora CRISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSs.

Bom Domingo.

cris disse...

Cristo!!!!! Onde é que está o livro? Fogo tu também.... meia dúzia de letras e nem contei tudo o que me apetecia... ahahahahah
Num gritesssssssssssssssssssssssss
já basta a chuva chata a chatear-me a mona.


Boa semana, maluco

Anónimo disse...

Força querida amiga! Vai ao Pimenta Negra ouvir Manu Chao para animar! Olha que funcemina! Saudades,
M.

Apache disse...

Belo poema. Em tempos escrevi uma enorme lamechice que também envolvia a chuva. Será que a água doce atrai a salgada? Lol...

cris disse...

Eu vou Moriae, mas só no fds que ando a correr que nem uma louca e mesmo assim não chego para as encomendas... já dói e ainda a procissão vai no adro.

Apita quando passares cá! Adorava tomar um café e rir um cadito.

Boa semana

cris disse...

Apache,
sabes que não sei se atrairá?
O que sei é que me espanto sempre que olho a desembocadura do rio e a forma como uma água se abraça à outra ( lá tou eu a viajar) Sério, dá-me um prazer enorme perder o olhar naquelas águas. E ultimamente só tem dado para olhar, porque quando chego perto, a maré está alta e o mar revolto. no entanto encontrei mil algas diferentes e conchas espectaculares. Os nossos tesouros são assim. Feitos de água e presentes de mar deixados na areia.


Boa semana


A propósito de poemas, isto não é nada de espectacular... gostava de ler esse poema... lamechas somos nós se lhe pomos lamechice em cima... são momentos únicos, certo?