Tava aqui no recesso do lar..ca nina. Os miúdos andam a ver com cuidado e muito sentido cívico, a campanha da despenalização do aborto.
A conversa foi interessante. Ela pensa. Defendia que o sim devia ganhar porque as mulheres não vão a correr fazer abortos no dia seguinte ao referendo.
A certa altura comenta que "os do Não dizem que nos outros países aumentou drasticamente depois de ser votado sim".
Lá tive que desmontar mais uma mentira.
Em Portugal recorre-se constantemente a engenhosas mentiras para iludir o povo. É próprio da política dirão uns. Eu chamo baixaria, cretinice, sem nível.
Vejamos, como se pode dizer que uma coisa aumenta se não havia antes?
Antes de se despenalizar um aborto, não havia aborto feito por marcação antes das doze semanas em nenhum hospital público, certo?
Gostei de ouvir o Dr. Alexandre Quintanilha, grande humanista ecientista Português. Escrevi Português com maiúscula de propósito, pois trata-se de um Homem excepcional, com sensibilidade suficiente para afirmar que gostaria de ver a mulher ser dona de si própria e das suas escolhas, com outras palavras. E congratulou-se por verificar que aos poucos isso tem vindo a acontecer.
A malta como não tem que fazer, leva agora um tempo inútil numa campanha para um referendo quie nem devia existir. Despenaliza-se e pronto.
Porque o que tem vindo a público, nas trincheiras de quem defende o Não é sempre que se deve votar não porque quem vota sim, diz automaticamente sim ao aborto. Como se cada mulher fosse bicho leviano...
Bahhhh. Muita falta de senso.
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